O que a ti não aproveita, e outro há de mister, não o deves reter.

Se algo não te serve e é necessário a outra pessoa, não o deves guardar — incentiva partilha em vez de retenção ou desperdício.

Versão neutra

Se algo não te é útil e alguém precisa, não o retenhas; dá ou empresta.

Este provérbio impõe obrigação de dar o que nos sobra?
Não. É um conselho moral sobre partilha e utilidade social, não uma regra jurídica. Devem considerar‑se circunstâncias pessoais, necessidade legítima do outro e consentimento.
Aplica‑se apenas a objetos materiais?
Não. Pode aplicar‑se a informação, tempo, competências ou oportunidades — sempre que algo que já não nos beneficia a nós possa beneficiar outro.
Como conciliar com a necessidade de reserva para imprevistos?
Avalie prioridades: manter o essencial para segurança pessoal é razoável; o provérbio encoraja doar o que é realmente supérfluo e que não compromete a sua estabilidade.

Expressa um conselho moral sobre generosidade e redistribuição de bens, tempo ou conhecimento.
Linguagem algo arcaica; 'há de mister' equivale a 'faz falta' ou 'é preciso a alguém'.
Pode aplicar-se a objectos materiais (roupa, bens), informação/competências e a ajudar em tarefas.
Não é uma injunção legal: actua mais como norma social ou ética, dependendo do contexto.

Tenho duas máquinas de lavar; a que raramente uso ofereci-a a um amigo que precisava — o que a mim não aproveitava, a outro serviu.
Soubeste como resolver um problema no relatório: partilha o método com o colega em vez de o manter só para ti.

Em situações de escassez, pode ser prudente conservar recursos para emergências pessoais.
Algumas coisas têm valor sentimental ou legal e não devem ser dadas sem consentimento ou reflexão.
Partilhar sem critérios pode criar dependências ou injustiças; avaliar contexto é importante.