O que não te queima, não o apagues.

O que não te queima, não o apagues.
 ... O que não te queima, não o apagues.

Conselho para não interferir ou eliminar algo que não te faz mal; deixa como está aquilo que não causa prejuízo.

Versão neutra

Se algo não te prejudica, não o faças desaparecer.

Faqs

  • Significa que nunca devo intervir se algo não me afecta?
    Não. O provérbio aconselha prudência perante intervenções desnecessárias, mas não isenta de responsabilidade em casos de injustiça, perigo ou danos potenciais para outros.
  • É um conselho adequado para o trabalho em equipa?
    Pode ser útil para evitar mudanças impulsivas, mas no ambiente profissional é necessário pesar também eficiência, segurança e impacto coletivo antes de manter o status quo.
  • Pode ser usado para justificar indiferença?
    Sim, essa é uma leitura possível e uma limitação do provérbio. Deve evitar-se usar como desculpa para não agir quando há obrigações éticas ou riscos reais.

Notas de uso

  • Geralmente usado para recomendar prudência e evitar intervenções desnecessárias.
  • Aplica-se a situações pessoais, sociais e administrativas: hábitos, tradições, opiniões ou práticas que, embora diferentes, não prejudicam.
  • Não é um convite à indiferença perante injustiças ou perigos óbvios; o provérbio refere-se sobretudo a matérias que não afetam negativamente quem opina.
  • Tomar como fundamento para não agir só porque algo é desconfortável ou diferente pode legitimar passividade; use com cuidado.

Exemplos

  • No debate sobre a decoração do escritório, lembrei-o: 'o que não te queima, não o apagues' — não vale a pena mudar tudo só porque te desagrada pessoalmente.
  • Ela quis proibir a tradição local, mas os vizinhos responderam que, se não faz mal a ninguém, 'o que não te queima, não o apagues'.
  • Quando surgiram diferenças de estilo entre os membros da equipa, o chefe aconselhou tolerância: 'não apaguem pequenas excentricidades que não prejudicam o trabalho'.

Variações Sinónimos

  • Não apagues aquilo que não te queima.
  • Se não te queima, deixa-o estar.
  • Não faças desaparecer o que não te faz mal.
  • Não mexas no que não está a causar danos.

Relacionados

  • Não consertes o que não está partido.
  • Deixa estar o que não te incomoda.
  • Cada um com as suas manias.

Contrapontos

  • Existem casos em que, mesmo não sendo diretamente prejudicado, há obrigação moral ou cívica de intervir (por exemplo, injustiças, discriminação ou riscos para terceiros).
  • Passividade perante pequenos males pode permitir que cresçam e se tornem problemas maiores; a não intervenção tem um custo potencial.
  • Em contextos profissionais ou de segurança, detetar e corrigir potenciais falhas é responsabilidade, mesmo que ainda não tenham causado dano.

Equivalentes

  • English
    If it ain't broke, don't fix it.
  • English (similar sense)
    If it doesn't hurt you, leave it alone.
  • Spanish
    Si no te quema, no lo apagues.
  • Spanish (similar)
    No arregles lo que no está roto.
  • French
    Ne répare pas ce qui n'est pas cassé.
  • German
    Wenn es nicht kaputt ist, repariere es nicht.