O que não se sabe não se sente

O que não se sabe não se sente.

A ideia de que a ignorância sobre algo evita dor, preocupação ou desconforto; ser alheio a um facto impede sofrer por ele.

Versão neutra

Se não se tem conhecimento de algo, não causa dor nem preocupação.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que, quando alguém ignora um facto desagradável ou perigoso, essa pessoa não sofre emocionalmente por ele — a falta de conhecimento impede a sensação de dor ou preocupação.
Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
É frequente em conversas informais para consolar alguém ou justificar a omissão de informação. Deve ser usado com cautela em contextos profissionais ou éticos, onde a transparência é necessária.
É uma boa filosofia de vida seguir este provérbio?
Depende. A ignorância pode poupar sofrimento imediato, mas também impede prevenção e ação informada. Em temas de saúde, segurança ou responsabilidade, saber é geralmente preferível.
O provérbio legitima esconder a verdade?
Não necessariamente, mas é por vezes invocado como justificação para ocultar factos. Do ponto de vista ético, a omissão deliberada pode ser problemática, sobretudo se prejudicar terceiros.

Usado sobretudo em registos informais para justificar não revelar informações desagradáveis ou para consolar alguém.
Pode funcionar como conselho pragmático (evitar saber para não sofrer) ou como justificativa para omissão.
Tem conotação ambígua: pode ser usado benignamente (proteger alguém) ou para encobrir consequências negativas.
Culturalmente assenta na noção de que a percepção ou conhecimento é condição necessária para a experiência de dor emocional.

Quando chegaram as más notícias sobre a empresa, a direção decidiu avisar apenas quem era imprescindível — argumentaram que o que não se sabe não se sente.
Ela preferiu não perguntar pelo resultado dos exames até ter certeza de que não havia problema — pensava que o que não se sabe não se sente.
Para evitar angústia desnecessária, omitiram detalhes do acidente aos familiares mais idosos: acreditavam que o que não se sabe não se sente.

Ignorância pode causar danos: não saber impede tomar medidas preventivas e agravar consequências.
A transparência e o conhecimento muitas vezes são necessários para responsabilização e tomada de decisões informadas.
Uso para encobrir responsabilidades ou falhas éticas: não saber não isenta de consequências quando houve ocultação intencional.