O que o olho não veja, o coração não deseja.

O que o olho não veja, o coração não deseja.
 ... O que o olho não veja, o coração não deseja.

Sugere que aquilo de que não temos conhecimento ou não vemos tende a não nos provocar desejo ou preocupação.

Versão neutra

O que não se vê, não se deseja.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Quer dizer que aquilo de que não temos conhecimento ou que não vemos tende a não provocar desejo, preocupação ou sofrimento imediato.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em contextos informais para justificar não se preocupar com algo oculto, para comentar sobre tentações evitadas ou para falar da gestão da exposição a estímulos.
  • É correto aplicar este provérbio para justificar omissões?
    Depende: embora a omissão possa reduzir desejos ou conflitos, não elimina responsabilidades morais ou legais. Deve‑se ter cuidado: transparência pode ser preferível.

Notas de uso

  • Registo: coloquial e comum no discurso cotidiano.
  • Usado para justificar ignorância opcional (não querer saber) ou para comentar sobre a ausência de tentação quando algo fica oculto.
  • Pode aplicar-se a desejos amorosos, materiais ou a preocupações: se não se vê, não se pensa.
  • Não é argumento ético definitivo — omissão de informação nem sempre resolve problemas morais ou legais.
  • Em contexto moderno, refere-se também à gestão da exposição (por exemplo, redes sociais, notícias, publicidade).

Exemplos

  • Decidi guardar o bolo na prateleira de cima: o que o filho não vê, o coração não deseja, e ele não pediu.
  • Se não fores ver as fotografias da viagem, é provável que não fiques com saudades; o provérbio aplica-se também às memórias despertadas pela imagem.
  • No processo de compra, esconder-lhe pequenos defeitos não elimina a responsabilidade legal — mas, na prática, o que não se vê não cria reclamação imediata.

Variações Sinónimos

  • O que os olhos não veem, o coração não sente.
  • Longe da vista, longe do coração.
  • O que não se sabe não se deseja.

Relacionados

  • Longe da vista, longe do coração — enfatiza afastamento físico ou emocional.
  • O que não se sabe não dói — ideia semelhante sobre ignorância e bem‑estar imediato.
  • Guardar segredo — o tema da omissão/ocultação como forma de evitar conflito ou tentação.

Contrapontos

  • Ignorar um problema não o resolve: a falta de visão pode adiar consequências financeiras, legais ou emocionais.
  • Desejos e impulsos podem persistir subconscientemente mesmo sem exposição visual direta.
  • Retirar informação deliberadamente pode ser eticamente questionável em relações interpessoais ou profissionais.

Equivalentes

  • Inglês
    Out of sight, out of mind.
  • Espanhol
    Ojos que no ven, corazón que no siente.
  • Francês
    Ce que les yeux ne voient pas, le coeur ne ressent pas.
  • Italiano
    Occhio non vede, cuore non duole.
  • Alemão
    Aus den Augen, aus dem Sinn.
  • Português (Brasil)
    O que os olhos não veem, o coração não sente.