O que para ti não queres, não faças a outro.
Aconselha a não tratar os outros de forma que nós próprios não desejaríamos ser tratados.
Versão neutra
Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam.
Faqs
- Qual é a diferença entre a versão negativa e a positiva da Regra de Ouro?
A versão negativa aconselha a abster-se de ações que causarão dano ou incómodo a outrem; a versão positiva incentiva a praticar ativamente boas ações. Ambas visam a empatia, mas enfatizam modos distintos de conduta. - Este provérbio tem origem religiosa?
Não numa única fonte: é uma norma moral presente em várias tradições religiosas e filosóficas (judaica, cristã, budista, confucionista, etc.). A forma exacta aqui é popular e sem autoria identificada. - Quando não devo aplicar este princípio?
Em contextos onde a reciprocidade não resolve desequilíbrios de poder, na aplicação da justiça ou quando a protecção de terceiros exige ações que, se recebidas, não gostaríamos. Serve como guia, não como regra absoluta.
Notas de uso
- Usado como regra prática de comportamento ético e de convivência.
- Freqüente em aconselhamento moral, educação cívica e formação de crianças e jovens.
- Aplica-se sobretudo a ações que afetam diretamente outra pessoa (palavras, atitudes, decisões).
- É uma formulação negativa — enfatiza a abstenção de causar dano ou incómodo — em vez de prescrever acções positivas.
Exemplos
- Quando vês um colega sobrecarregado, lembra-te do provérbio: se não gostarias de ser deixado sozinho com todo o trabalho, não abandones quem precisa de ajuda.
- Num debate, evita insultos pessoais; o princípio 'o que para ti não queres, não faças a outro' inspira a discutir com respeito.
Variações Sinónimos
- Não faças aos outros o que não queres para ti.
- Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam.
- Trata os outros como gostarias de ser tratado (forma positiva relacionada).
- O que não desejas para ti, também não devas desejar para os outros.
Relacionados
- Trata os outros como gostarias de ser tratado.
- A justiça começa em casa.
- Quem com ferros mata, com ferros morre (sobre consequências).
Contrapontos
- Não resolve todos os dilemas morais: ações que beneficam alguém mas implicam sacrifício pessoal podem não ser cobertas.
- Em situações de justiça ou punição, a aplicação literal pode conflitar com necessidade de responsabilização.
- Quando há desequilíbrios de poder, o simples princípio de reciprocidade pode não proteger quem é vulnerável.
- Situações de auto-defesa ou proteção de terceiros podem justificar ações que não gostaríamos de receber.
Equivalentes
- Inglês
Do not do to others what you would not want done to you. - Latim (paráfrase)
Quod tibi fieri non vis, alteri ne feceris. - Espanhol
No hagas a los demás lo que no quieras que te hagan a ti. - Francês
Ne fais pas aux autres ce que tu ne voudrais pas qu'on te fasse. - Alemão
Tu anderen nicht das tun, was du nicht willst, dass man dir tu. - Chinês (paráfrase de Confúcio)
己所不欲,勿施於人