O que ouvires dos outros, escuta de ti.

Ouça o que os outros dizem, mas confirme e julgue segundo o seu próprio entendimento antes de aceitar ou agir.

Versão neutra

Escuta o que os outros dizem, mas forma a tua opinião por ti próprio.

Significa que nunca devemos confiar nos outros?
Não. O provérbio aconselha a ouvir com atenção e a não aceitar cegamente; confiança é possível, mas deve assentar em motivos e verificação quando necessário.
Quando é mais útil aplicar este provérbio?
Em situações de boatos, opiniões divergentes ou decisões pessoais onde a informação não é verificada. Também serve como lembrete para ponderar conselhos antes de agir.
Pode ser mal‑interpretação como desconfiança ofensiva?
Sim. Dito abruptamente pode soar a rejeição de outra pessoa. É preferível usá‑lo com contexto e explicar que se pretende refletir antes de decidir.

Encoraja o pensamento crítico e a autonomia de julgamento — ouvir sem aceitar passivamente.
Adequa-se a situações de rumores, conselhos divergentes ou informação não verificada.
Não é um apelo a rejeitar toda a opinião alheia, mas a ponderá‑la à luz da própria experiência e verificação.
Tomado em excesso pode ser usado para justificar desconfiança indevida; balanceie com abertura ao conhecimento especializado.

Quando chegaram rumores sobre mudanças na empresa, Maria lembrou‑se: 'O que ouvires dos outros, escuta de ti' — investigou os factos antes de comentar.
Num debate familiar sobre saúde, João ouviu várias opiniões e decidiu consultar um médico; ouviu os outros, mas escolheu segundo o conselho profissional e a sua própria avaliação.

Em matérias técnicas ou legais, confiar em especialistas e em evidência verificável é necessário — não basta o critério pessoal.
Ignorar consensos bem‑fundamentados em favor de opinião própria pode conduzir a erros; ponderação informada é preferível a contrariedade automática.
Em contextos de autoridade legitimada (ex.: normas de segurança), seguir instruções é obrigatório, mesmo que conflitem com a opinião individual.