Ironiza que aquilo que deveria servir à religião ou caridade acaba por ser apropriado ou tributado pelo Estado.
Versão neutra
Aquilo que é doado por motivos religiosos ou de caridade acaba por ficar sujeito ao imposto ou ao controlo estatal.
Faqs
O provérbio é ofensivo para os religiosos? Depende do contexto. É uma fórmula satírica que critica a intervenção estatal em bens religiosos ou de caridade; pode ser sentida como crítica à Igreja, ao Estado ou a ambos. Usar com cuidado em contextos sensíveis.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer sublinhar ironicamente que algo destinado a fins religiosos, caritativos ou comunitários acabou por beneficiar o Estado, seja por impostos, taxas ou apreensões.
Tem alguma base histórica? Há episódios históricos de secularização e apreensão de bens e de tributação que justificam a origem do dizer, mas não há um único evento fundador — trata‑se de expressão popular formada por crítica social.
Notas de uso
Usado de forma crítica ou irónica para comentar situações em que o Estado recolhe impostos, taxas ou confiscos sobre bens destinados à religião, caridade ou ao bem comum.
Frequentemente aparece em conversas informais, crónicas e comentários sociais sobre tributação excessiva, burocracia ou desapropriações.
Pode ter carga política ou anticlerical dependendo do contexto; usar com cautela em ambientes sensíveis.
Exemplos
Disseram que as ajudas iam para as paróquias, mas acabou por entrar nos cofres do Estado — o que perde Cristo, ganha o fisco.
Quando a prefeitura confiscou o terreno destinado à igreja, a população comentou: 'O que perde Cristo, ganha o fisco.'
Variações Sinónimos
O que perde o padre, ganha o Estado.
O que dá a Deus, o Estado toma.
O que era da igreja, foi para o fisco.
Relacionados
Dar com uma mão e tirar com a outra (ironia sobre contradições em redistribuição)
A quem Deus dá, o Estado tira (variante de sentido semelhante)
Contrapontos
As donações para caridade ficam isentas de impostos (situação em que o fisco não 'ganha').
Render a César o que é de César (separação de esferas: Estado arrecada o que é seu por lei).