Ociosa, viciosa.

Expressa a ideia de que a ociosidade favorece o surgimento de vícios ou maus hábitos.

Versão neutra

A ociosidade tende a gerar vícios ou maus hábitos.

O provérbio é aceitável hoje em dia?
Pode ser usado, mas convém ter cautela: a expressão é moralizante e pode ser lida como estigmatizante. Em contextos públicos ou formais, é preferível esclarecer causas e evitar generalizações.
O provérbio dirige‑se especificamente às mulheres (por usar o feminino)?
A forma sintética 'ociosa, viciosa' usa o feminino por tradição de fórmulas proverbiais, mas a mensagem tem sido aplicada genericamente. Ainda assim, o uso pode ser interpretado como sexista, pelo que hoje se recomenda uma formulação neutra.
Quando é útil usar este provérbio?
É útil como advertência breve em contextos informais sobre os riscos da inatividade, mas funciona melhor se for complementado por explicações sobre causas e soluções práticas (ocupação, formação, apoio social).
Que alternativa neutra posso usar?
Frases como 'a ociosidade tende a gerar maus hábitos' ou 'manter‑se ocupado ajuda a evitar comportamentos de risco' transmitem a mesma ideia sem a carga moralizante do provérbio.

Registo: popular e moralizante; pode ser utilizado em conversas informais ou para advertência.
Forma curta e categórica — costuma ser empregue para censurar inação ou falta de ocupação.
Atualidade: a frase pode ser considerada redutora ou estigmatizante, especialmente quando aplicada a grupos sociais (ex.: mulheres, jovens).
Em contexto moderno, convém complementar com referência a causas sociais, económicas ou de saúde mental que contribuem para comportamentos nocivos.

Depois de ter perdido o emprego e ficar dias sem nada para fazer, o tio dizia sempre: «ociosa, viciosa», para nos avisar contra a inércia.
Num relatório sobre prevenção juvenil, os especialistas preferiram evitar o provérbio «ociosa, viciosa» e explicar como a falta de oportunidades e ocupação pode aumentar o risco de comportamentos de risco.

O descanso e o lazer são necessários; a ausência de ocupação não equivale necessariamente a tendências imorais.
Vícios e maus hábitos têm causas complexas: pobreza, falta de educação, saúde mental e outras condições estruturais.
Estigmatizar pessoas por estarem temporariamente ociosas ignora contextos sociais e económicos.