Onde governa a razão, obedece o apetite.

Onde governa a razão, obedece o apetite.
 ... Onde governa a razão, obedece o apetite.

Quando a razão ou o juízo domina uma pessoa ou situação, os desejos e apetites ficam sob controlo.

Versão neutra

Quando a razão governa, os apetites obedecem.

Faqs

  • O provérbio significa que devemos ignorar os desejos?
    Não. Significa que os desejos devem ser avaliados e, quando necessário, controlados pela razão; não é um apelo à negação total das necessidades legítimas.
  • Em que situações é útil usar este provérbio?
    É útil em contextos de ensino, aconselhamento, liderança e definição de regras, quando se quer sublinhar a importância de decisões ponderadas em detrimento de impulsos momentâneos.
  • É um provérbio de origem filosófica?
    A ideia corresponde a longas tradições filosóficas sobre a primazia da razão (estoicos, escolásticos, etc.), mas não há origem documentada específica associada a esta formulação exata.

Notas de uso

  • Usa-se para enfatizar a importância do autocontrolo e da deliberação racional sobre impulsos e vontades.
  • Aplica-se tanto a decisões individuais (ex.: hábitos, dieta, comportamento) como a decisões colectivas (ex.: políticas, regras institucionais).
  • Não implica que as emoções sejam desprezíveis; reconhece antes que, em boa governação interna, os apetites não comandam as acções.
  • Pode ser interpretado normativamente (aconselha a razão) ou descritivamente (constata um facto ideal).
  • Evita usar o provérbio para justificar repressão emocional sem ponderação — o equilíbrio entre razão e afecto é habitualmente necessário.

Exemplos

  • Num programa de emagrecimento eficaz, onde governa a razão, obedece o apetite: objetivos claros e regras ajudam a controlar a vontade de comer por impulso.
  • Num conselho de administração, se a razão governa as decisões, obedece o apetite — as ambições pessoais ficam subordinadas ao interesse da empresa.
  • Ao educar filhos, explicar motivos e limites ajuda a que a razão governe e os apetites sejam moderados, evitando castigos arbitrários.
  • Na gestão pública, políticas fundamentadas em dados evitam que apetites partidários ditem medidas precipitadas.

Variações Sinónimos

  • Onde reina a razão, obedece o apetite.
  • Quando a razão manda, o desejo obedece.
  • A razão governa; o apetite obedece.
  • A razão sobressai ao apetite.

Relacionados

  • Temperança (virtude que modera apetites e paixões)
  • Autocontrolo — prática psicológica de gerir impulsos
  • Princípio da deliberação racional na ética
  • Proverbial: 'Quem se domina, vence'

Contrapontos

  • Nem sempre a razão deve ter a última palavra: emoções podem sinalizar necessidades legítimas (ex.: fome, ansiedade) que exigem atenção.
  • Decisões puramente racionais podem desconsiderar valores afectivos ou sociais relevantes; o equilíbrio é essencial.
  • Em contextos criativos ou artísticos, deixar prevalecer apetites e intuições pode ser valioso.

Equivalentes

  • Inglês
    Where reason rules, appetite obeys.
  • Latim (tradução)
    Ubi ratio regnat, ibi appetitus obedit.