Onde não há cachorro, galinha carrega osso.
Na ausência de autoridade ou vigilância, as pessoas tendem a aproveitar-se ou a agir livremente.
Versão neutra
Na ausência de autoridade, as pessoas aproveitam para agir à vontade.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa‑se para comentar situações em que a falta de supervisão ou de regras leva as pessoas a aproveitar‑se, normalmente em registos informais. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Depende do contexto: pode ser uma crítica suave a comportamentos e, em tom direto, soar acusatório. Evite‑o em situações formais ou ao dirigir‑se a superiores. - Tem origem numa observação literal?
Sim — a imagem vem da observação rural: sem cão que afaste predadores, uma galinha pode carregar um osso; a ideia foi transferida metaforicamente para comportamentos humanos. - Existe uma versão mais neutra para usar em textos formais?
Sim — por exemplo: 'Na ausência de autoridade, as pessoas tendem a agir sem restrições.'
Notas de uso
- Usa‑se em registos informais e coloquiais para criticar ou explicar comportamentos oportunistas.
- Pode ter tom jocoso, censurador ou explicativo, consoante o contexto e a entoação.
- Frequentemente aplicado a contextos sociais, profissionais ou institucionais onde falta fiscalização ou disciplina.
- Não indica necessariamente ilegalidade extrema; pode referir pequenos abusos de liberdade ou vantagens aproveitadas.
Exemplos
- Quando o chefe saiu de férias, os empregados começaram a chegar mais tarde — onde não há cachorro, galinha carrega osso.
- Sem um monitor na sala, as crianças iam todas para o recreio; é o caso típico de 'onde não há cachorro, galinha carrega osso'.
Variações Sinónimos
- Quando o gato sai, os ratos fazem festa
- Na falta de quem manda, manda quem pode
- Onde não há lei, cada um faz o que quer
- Quando o patrão não está, a casa desanda
Relacionados
- Quando o gato sai, os ratos fazem festa
- Cada um por si e Deus por todos (uso crítico)
- Quem não tem cão, caça com gato (temática diferente: engenho)
Contrapontos
- A ausência de autoridade nem sempre leva ao desregramento: normas sociais e auto‑regulação podem manter a ordem.
- Por vezes a expressão é usada para justificar comportamentos antiéticos, quando a responsabilidade individual deveria prevalecer.
- Em contextos formais, invocar este provérbio pode soar a desculpa e não a explicação legítima.
Equivalentes
- Inglês
When the cat's away, the mice will play. - Espanhol
Cuando el gato no está, los ratones hacen fiesta. - Francês
Quand le chat n'est pas là, les souris dansent.