Os credores têm melhor memória que os devedores

Os credores têm melhor memória que os devedores.

Os credores lembram-se mais facilmente das dívidas e dos pagamentos pendentes do que os devedores lembram que devem; aponta para a assimetria de atenção e responsabilidade entre quem empresta e quem toma emprestado.

Versão neutra

Os credores lembram-se das dívidas mais do que os devedores.

Faqs

O provérbio aplica-se apenas a dinheiro?
Não; embora seja comum em contextos financeiros, pode aplicar‑se a outras obrigações — favores, promessas ou responsabilidades que uma parte lembra mais do que outra.
Como evitar problemas descritos por este provérbio?
Manter registos escritos, acordos claros, prazos e comprovativos de pagamento reduz mal‑entendidos e protege tanto o credor como o devedor.
O provérbio implica sempre censura ao devedor?
Não necessariamente; é uma observação sobre tendência de memória e responsabilidade. Contexto, intenção e provas determinam moralidade ou culpa.

Notas de uso

Usado em contextos financeiros e sociais para sublinhar a importância de registos e de cumprir compromissos.
Aplicável tanto a situações formais (empréstimos bancários, faturas) como informais (empréstimos entre amigos ou familiares).
Pode ser usado de forma literal ou metafórica, para falar de obrigações não financeiras (promessas, favores).
Tem tom prudencial: serve de aviso para quem fica a dever que não deve confiar apenas na própria memória.

Exemplos

O João pensou que o amigo já tinha esquecido os 50 euros, mas o amigo lembrou-o — os credores têm melhor memória que os devedores.
No escritório, a empresa recebeu várias reclamações por facturas por pagar; a máxima confirmou-se: os credores têm melhor memória que os devedores.
Mesmo quando se trata de pequenos favores, é habitual que quem empresta se recorde primeiro — por isso convém anotar acordos.

Variações Sinónimos

Quem empresta lembra, quem toma emprestado esquece.
O credor não esquece, o devedor sim.
Quem deve, recordado é.

Relacionados

Contas claras, amizade longa.
Quem não deve não teme.
Mais vale prevenir do que remediar.

Contrapontos

Nem sempre o credor tem razão: erros de contabilidade, cobranças indevidas ou falta de prova podem inverter a situação.
Em algumas culturas ou relações pessoais, existe tolerância e esquecimento voluntário por parte do credor.
Existem mecanismos legais que protegem devedores contra cobranças abusivas; a memória do credor não é prova automática de culpa.