Os credores tendem a lembrar e exigir o pagamento de dívidas com mais persistência do que os devedores se lembram ou confessam dever.
Versão neutra
Os credores costumam lembrar-se das dívidas melhor do que os devedores.
Faqs
Quando é apropriado usar este provérbio? É apropriado em contextos informais para comentar situações em que alguém insiste no pagamento de uma dívida enquanto a outra parte alega ter esquecido. Em contexto legal ou formal, prefira termos precisos e evidências documentais.
O provérbio implica que os devedores são desonestos? Não necessariamente; é uma generalização típica de provérbios. Serve para alertar sobre a persistência de quem cobra, mas não prova desonestidade. Deve ser usado com cautela para não estigmatizar.
Tem validade em contexto moderno, com registos e faturas? A ideia mantém‑se socialmente — as pessoas que cobram tendem a recordar dívidas — mas, no plano prático e jurídico, os registos e contratos substituem a memória pessoal.
Notas de uso
Usa-se para comentar situações em que alguém cobra ou insiste numa dívida enquanto a outra parte alega ter esquecido ou não reconhecer o débito.
Registo: coloquial e proverbiale; frequentemente empregue em conversas informais e em advertências sobre empréstimos.
Pode ter uma carga de julgamento social: implica que o devedor é negligente ou pouco escrupuloso, e que o credor é persistente.
Em contextos formais ou legais, a expressão é mais retórica do que jurídica — a prova documental prevalece sobre a 'memória'.
Exemplos
Quando o João voltou a pedir dinheiro emprestado, a Maria lembrou‑lhe logo a quantia anterior — a memória do credor é melhor que a do devedor.
No negócio, o fornecedor não esqueceu a factura vencida; explicou ao colega que 'a memória do credor é melhor que a do devedor' quando este tentou adiar o pagamento.
Ela disse ao amigo para não confiar no esquecimento: 'A memória do credor é melhor que a do devedor' — e cobrou a dívida por mensagem.
Variações Sinónimos
A lembrança do credor é mais viva que a do devedor.
O credor não esquece; o devedor esquece.
A memória do que empresta é mais apurada que a do que toma emprestado.
Relacionados
Quem empresta a um amigo perde-o.
Quem não deve não teme.
Dinheiro emprestado, amizade acabada.
Contrapontos
Generalizar é incorreto: nem todos os credores são insistentes nem todos os devedores esquecem — há credores negligentes e devedores responsáveis.
Em sociedades com registo documental, a prova escrita substitui a memória pessoal; a lei e os contratos orientam o pagamento, não apenas a lembrança.
A expressão pode reforçar estereótipos e prejudicar relações; cobrar com diálogo e provas evita conflitos.
Equivalentes
English A creditor's memory is better than a debtor's.
Español La memoria del acreedor es mejor que la del deudor.
Français La mémoire du créancier est meilleure que celle du débiteur.