Os culpados até fogem de quem não os persegue

Pessoas culpadas evitam até quem não as acusa, por medo de exposição ou por calcularem que a indiferença reduz risco.

Versão neutra

Pessoas culpadas tendem a evitar mesmo quem não as acusa nem persegue.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se ao comentar comportamentos sociais ou profissionais em que a atenção, firmeza ou vigilância de alguém causa recuo em quem tem culpa. Evite‑o para fazer acusações diretas sem provas.
Este provérbio implica sempre que o evitado é culpado?
Não. É uma observação sobre comportamento: o facto de alguém evitar outra pessoa pode indicar culpa, desconforto ou outras razões. Não substitui investigação ou prova.
É adequado em contextos formais ou jurídicos?
Geralmente não. Em contextos jurídicos deve‑se preferir linguagem precisa e evidências; o provérbio é mais adequado a comentários coloquiais ou análises sociais.

Usa‑se para comentar situações em que a presença ou atenção de alguém faz recuar quem tem culpa, mesmo que essa pessoa não vá tomar medidas formais.
Registo: coloquial e proverbiale; adequado em conversas informais, análises sociais ou comentários morais, menos em textos jurídicos formais.
Não deve ser usado para afirmar culpa sem provas: é uma observação comportamental, não uma prova legal.
Pode sugerir que a simples vigilância, a atenção ou a firmeza dissuadem actos ilícitos ou má conduta.

No escritório, quando o gerente começou a mostrar mais atenção aos relatórios, os responsáveis pelas falhas passaram a evitar as reuniões — os culpados até fogem de quem não os persegue.
A vizinha deixou de conversar com o comerciante depois do incidente; apesar de nunca o ter denunciado, a sua presença constante tornou‑o desconfortável — prova de que os culpados até fogem de quem não os persegue.

A ausência de perseguição pode dever‑se a negligência, falta de provas ou medo de retaliação — não é necessariamente permissividade.
Evitar alguém não é prova de culpa; há muitas razões legítimas para que alguém se afaste.
Em contextos legais, vigiar ou pressionar sem evidência pode violar direitos e a presunção de inocência.