Os peixes são para nadar, e as toupeiras para minar

Os peixes são para nadar, e as toupeiras para min ... Os peixes são para nadar, e as toupeiras para minar.

Afirma que cada ser ou pessoa tem uma função ou competência própria; defende a especialização e o respeito por papéis distintos.

Versão neutra

Cada um tem uma função ou especialidade própria; o que é natural para um não o é necessariamente para outro.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer defender a ideia de que funções e competências devem ser respeitadas e distribuídas conforme a especialização de cada pessoa ou coisa.
  • O provérbio implica que não se deva aprender novas competências?
    Não necessariamente; exprime preferência pela especialização, mas não invalida formação cruzada ou evolução profissional. O problema está em aplicá‑lo rigidamente para bloquear oportunidades.
  • É um provérbio ofensivo ou discriminatório?
    Por si só não é ofensivo; contudo, se usado para excluir, menosprezar ou justificar discriminação, pode tornar‑se prejudicial.

Notas de uso

  • Registo: informal a semi‑formal; usado em conversas quotidianas e em contextos profissionais para justificar a divisão de tarefas.
  • Tom: pode ser neutro e até pedagógico, mas também ser percebido como limitador ou paternalista se aplicado rigidamente.
  • Situações apropriadas: ao discutir atribuição de tarefas, competências profissionais ou funções naturais/biológicas.
  • Evitar quando se pretende promover inovação, interdisciplinaridade ou quando a afirmação possa estigmatizar alguém.

Exemplos

  • Num debate sobre responsabilidades na equipa, o coordenador disse: «Os peixes são para nadar, e as toupeiras para minar» para defender que cada um devia cumprir a sua função técnica.
  • Ao avaliar candidaturas, a diretora observou: «Não podemos pedir ao técnico de laboratório que trate da comunicação — cada um tem o seu papel; os peixes nadam e as toupeiras cavam.»

Variações Sinónimos

  • Os peixes nadam e as toupeiras cavam.
  • Cada um no seu lugar.
  • Cada macaco no seu galho.

Relacionados

  • Cada macaco no seu galho
  • Cada um no seu lugar
  • Quem muito abrange, pouco aperta (cuidado com ‘faz‑tudo’)

Contrapontos

  • Aplicado sem flexibilidade, pode impedir aprendizagem interdisciplinar e inovação.
  • Pode reforçar estereótipos ou limitar oportunidades se usado para justificar exclusões.
  • Nem sempre se aplica: muitas áreas beneficiam de conhecimentos cruzados e de competências múltiplas.

Equivalentes

  • inglês
    Stick to your knitting (fique-se pela sua especialidade)
  • espanhol
    Zapatero a tus zapatos
  • francês
    À chacun son métier