Quem teme o que não se deve e ignora o que se deve temer
Os que temem o que não se deve temer e não temem o que se deve temer, envolvem-se em falsas ideias e enveredam por esconsos caminhos
Provérbios Budistas
Adverte que temer coisas infundadas e ignorar perigos reais conduz a falsas convicções e a escolhas erradas ou perigosas.
Versão neutra
Quem teme o que não deve e não teme o que deve acaba por enganar‑se e seguir caminhos perigosos.
Faqs
Quando se aplica este provérbio? Aplica‑se quando a atenção e o medo estão mal direccionados — por exemplo, quando se preocupam com pormenores irrelevantes e se ignoram riscos importantes.
Como usar este provérbio sem soar moralizador? Explique factos e consequências concretas antes de citar o provérbio; contextualize com exemplos práticos para que o conselho pareça útil, não apenas crítico.
Tem origem conhecida? A origem específica não é fornecida; trata‑se de uma formulação de sentido moral comum em tradições que distinguem medos racionais e irracionais.
É apropriado em textos técnicos ou científicos? Sim, quando se pretende alertar para avaliação de riscos e prioridades, mas prefira linguagem directa e evidência empírica em vez de apenas o provérbio.
Notas de uso
Registo: formal/popular; costuma ser usado em afirmações morais ou de conselho.
Contexto: aplicável a decisões pessoais, políticas, profissionais ou sociais onde o receio está mal direccionado.
Função: advertência sobre prioridades erradas — distingue medos racionais de medos irracionais.
Tom: pode soar crítico; use quando se pretende enfatizar a importância de avaliar correctamente riscos.
Exemplos
Num debate sobre segurança na fábrica, o gestor disse: «Se nos preocuparmos mais com alarmes falsos e menos com a manutenção, seguiremos caminhos perigosos» — uma forma prática do provérbio.
Os moradores temiam boatos de ladrões e ignoravam sinais de infiltração de água; quando a situação piorou, perceberam que tinham temido o errado e negligenciado o essencial.
Na política pública, temer medidas impopulares enquanto se ignora um problema económico real pode levar a políticas erradas e consequências graves.
Variações Sinónimos
Quem tem medo do que é irreal e não teme o real acaba por se enganar e ir por maus caminhos.
Temer fantasmas e ignorar perigos reais leva a decisões erradas.
Medo mal orientado conduz a falsas certezas e más opções.
Relacionados
Mais vale prevenir do que remediar
Não há pior cego do que o que não quer ver
Quem não arrisca não petisca (contraponto sobre risco)
Contrapontos
Nem todo o medo é negativo: o temor prudente pode proteger e prevenir riscos reais.
Promover coragem sem avaliação pode levar a imprudência; o provérbio admite que o problema é o desalinhamento entre objectos do medo e perigos reais.
Em situações de incerteza, o equilíbrio entre cautela e acção informada é preferível a simplesmente reduzir ou amplificar o medo.
Equivalentes
English Those who fear what they should not and do not fear what they should become misled and take dangerous paths.
Español Quien teme lo que no debe y no teme lo que debe, se enreda en falsas ideas y toma caminos ocultos.
Français Celui qui craint ce qu'il ne devrait pas et ne craint pas ce qu'il devrait, s'enfonce dans de fausses idées et prend des chemins obscurs.