Afirma que pessoas prudentes guardam ou ponderam o que sabem, enquanto os ignorantes falam sem compreender aquilo que dizem.
Versão neutra
Pessoas sábias não revelam tudo o que sabem; pessoas tolas não sabem o que dizem.
Faqs
O provérbio sugere que devemos sempre ficar calados? Não necessariamente. A ideia central é prudência e ponderação: não se trata de silenciar por princípio, mas de escolher quando e como comunicar conforme o contexto e o conhecimento.
Pode este provérbio ser usado para justificar falta de transparência? Pode ser mal utilizado nesse sentido. Embora recomende cautela, não legitima esconder informação necessária à responsabilidade ou à ética profissional.
Quando é apropriado empregar este provérbio numa conversa? Em discussões sobre estratégia, em debates técnicos, ou para aconselhar alguém a não falar impulsivamente. Evite-o se o objetivo for encorajar diálogo aberto e colaborativo.
Notas de uso
Usa-se para aconselhar prudência e reserva no discurso, especialmente em assuntos delicados ou técnicos.
Registo: pode ser usado tanto em contexto coloquial como em texto escrito mais formal; tem tom admonitório e moralizador.
Não deve servir para justificar segredo injustificado, manipulação ou falta de transparência quando a partilha de informação é necessária.
É aplicável em situações de discussão, negociação ou avaliação de competências: distingue entre conhecimento ponderado e fala inconsciente.
Exemplos
Durante a reunião, ele limitou-se a apontar os riscos principais — os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem.
Quando discutiram o assunto técnico com o público leigo, preferiram explicar o essencial e não entrar em jargões; mais valia ser conciso do que falar por falar.
Perante perguntas indiscretas sobre a estratégia da empresa, a diretora respondeu de forma breve: nem sempre é prudente expor todo o conhecimento.
Variações Sinónimos
Os sábios não dizem tudo o que sabem; os tolos não sabem o que dizem.
Quem é sábio não expõe tudo o que sabe; o tolo fala sem saber.
Os homens sábios calam-se; os tolos abrem a boca sem razão.
Relacionados
Falar é prata, calar é ouro
Quem cala, consente
Mais vale um sábio que ouve do que um tolo que fala
Não é preciso dizer tudo
Contrapontos
Em contextos académicos, pedagógicos ou colaborativos, partilhar conhecimento é valorizado e essencial para aprendizagem.
Em organizações democráticas e transparentes, o conselho de 'calar-se' pode ser usado indevidamente para silenciar críticas legítimas.
Em situações de denúncia ou proteção de terceiros, não revelar informação pode ser moralmente inaceitável.
Equivalentes
inglês Empty vessels make the most noise (os vazios fazem mais barulho).
espanhol Los que saben no hablan; los que hablan no saben. (variante direta em castelhano)
francês Les sages se taisent, les sots parlent. (equivalente direto em francês)