Osso que acabes de comer não o voltes a roer.

Osso que acabes de comer não o voltes a roer.
 ... Osso que acabes de comer não o voltes a roer.

Aconselha a não reabrir ou insistir num assunto que já foi resolvido; não insistir em obter mais do que já se recebeu.

Versão neutra

Não voltes a disputar um assunto que já foi resolvido.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado quando um assunto foi claramente resolvido e insistir nele só serve para criar atrito ou perda de tempo. Deve evitar‑se quando há motivos sérios para reabrir o caso.
  • O provérbio é rude ou ofensivo?
    Por si só não é ofensivo, mas pode parecer brusco dependendo do tom e do contexto. Em situações sensíveis, é preferível usar linguagem mais diplomática.
  • Tem uma origem documentada?
    Não há registo claro de uma origem documentada; trata‑se de um provérbio popular transmitido oralmente, comum em variantes na Península Ibérica.

Notas de uso

  • Usa‑se para sugerir que é melhor seguir em frente em vez de remexer no passado ou num problema já decidido.
  • Pode soar contundente; em contexto interpessoal convém avaliar o tom para não parecer insensível.
  • Nem sempre é aplicável: se surgirem novas informações ou injustiças, reabrir o assunto pode ser necessário.
  • Frequentemente empregue em contextos familiares, negociações e resolução de conflitos.

Exemplos

  • Depois de assinarem o acordo e receberem o pagamento, ele lembrou: «Osso que acabes de comer não o voltes a roer», e pediu que ninguém trouxesse o tema de novo.
  • Num debate entre colegas, quando a decisão já tinha sido tomada por maioria, alguém disse: «Água passada não move moinho», e outro respondeu: «Osso que acabes de comer não o voltes a roer» para encerrar a discussão.
  • Quando a família terminou a partilha dos bens, a mãe recomendou às filhas: «Aceitai o que ficou decidido e sigam em frente — não voltem a roer o osso que já comeram.»

Variações Sinónimos

  • Não voltes a roer o mesmo osso.
  • Não mastes no mesmo osso.
  • Não voltes a discutir algo já decidido.
  • Água passada não move moinho.

Relacionados

  • Água passada não move moinho.
  • Deixar andar.
  • Não voltes atrás.

Contrapontos

  • Quando surgem provas novas ou factos relevantes que alteram a justiça da decisão, é legítimo reabrir o assunto.
  • Se a decisão tiver causado dano ou violado direitos, insistir na revisão é justificado.
  • No contexto de aprendizagem, rever erros passados (ou “roer o osso”) pode ser necessário para evitar repetições.

Equivalentes

  • Inglês
    Don't beat a dead horse / Let bygones be bygones (dependendo do sentido: não insistir em algo já resolvido).
  • Espanhol
    No remuevas lo ya pasado / No vuelvas a masticar el hueso.
  • Francês
    Ne pas revenir sur ce qui est réglé / Laisser le passé au passé.
  • Alemão
    Was erledigt ist, sollte man nicht wieder aufrollen.