Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar...

Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão  ... Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar, mas torna a teu celeiro e abre o teu mealheiro

Conselho tradicional para não procurar ganhos incertos em época difícil; usar os alimentos e poupanças já guardados.

Versão neutra

Em outubro, novembro e dezembro, não procures o pão no mar; usa o que guardaste no celeiro e as tuas poupanças.

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    Incentivar a prudência: não procurar soluções incertas em épocas difíceis, mas usar os recursos que foram poupados ou armazenados.
  • Em que contextos se usa hoje em dia?
    Usa-se em conselhos sobre finanças pessoais, preparação para dificuldades (ex.: poupanças, reservas alimentares) ou para justificar recorrer a recursos guardados em vez de arriscar.
  • É um provérbio de origem conhecida?
    Não há origem documentada precisa; trata‑se de um ditado de matriz rural/agrícola difundido oralmente.
  • Há situações em que este conselho não é adequado?
    Sim. Em contextos onde a reserva é insuficiente, ou quando a aversão ao risco impede investimentos necessários, seguir o provérbio sem adaptação pode ser contraproducente.

Notas de uso

  • Uso figurado para aconselhar poupança e prudência financeira em épocas de menor disponibilidade.
  • Registro: popular e rural — aparece em contextos agrícolas, familiares e de educação financeira informal.
  • Aplica-se a decisões onde há alternativa segura (recursos guardados) e outra arriscada (ganhos incertos).
  • Pode ser citado para justificar recorrer a reservas em vez de assumir riscos desnecessários.

Exemplos

  • Com a crise na colheita deste ano, o avô recordou: "Outubro, Novembro e Dezembro..." e disse para usarmos os cereais do celeiro.
  • Quando sugeriram um negócio de alto risco para recuperar perdas, ela respondeu que preferia abrir o mealheiro — lembrou o provérbio dos meses frios.

Variações Sinónimos

  • Não busques o pão no mar — volta ao teu celeiro e abre o mealheiro
  • Outubro, Novembro e Dezembro: recorre ao que guardaste
  • Guardar para o inverno é melhor que procurar o incerto

Relacionados

  • Quem semeia, colhe
  • Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
  • Guardar para um dia de chuva
  • Mais vale prevenir do que remediar

Contrapontos

  • Pode favorecer uma atitude excessivamente conservadora ou avessa ao risco, impedindo oportunidades legítimas de melhoria.
  • Em situações de emergência social ou desemprego prolongado, esgotar rapidamente reservas pode ser inevitável — nem sempre as poupanças bastam.
  • O provérbio assume ciclos sazonais previsíveis; com mudanças climáticas e economia global, nem sempre é aplicável sem adaptação.

Equivalentes

  • inglês
    Save for a rainy day.
  • espanhol
    Guarda para los días de lluvia.
  • francês
    Mettre de côté pour les jours difficiles.