Ovelha cornuda e vaca barriguda, não troques por nenhuma.
Valoriza o que tens, mesmo com defeitos, e evita trocar o conhecido pelo incerto.
Versão neutra
Não troques o que tens, mesmo que imperfeito, pelo que desconheces.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para aconselhar prudência perante propostas de troca ou mudança arriscada, sobretudo quando o que já se tem é fiável apesar das imperfeições. - Significa que nunca devemos mudar?
Não necessariamente. Indica cautela: a ideia é avaliar riscos e benefícios. Em situações de exploração ou quando há clara oportunidade de melhoria, a mudança pode ser a escolha certa. - É um provérbio rural ou aplica‑se na cidade?
Tem origem no universo rural (referência a animais), mas o sentido metafórico aplica‑se a contextos urbanos e pessoais.
Notas de uso
- Provérbio de uso popular, com origem rural; evoca animais de criação como metáfora para bens ou situações familiares.
- Usa-se para aconselhar prudência diante de propostas de troca ou mudança arriscada.
- Tom geralmente conservador: privilegia a segurança e o conhecido em detrimento da novidade.
- Aplicável a bens materiais, relações pessoais, empregos e investimentos, mas pode ser criticado quando impede melhorias necessárias.
Exemplos
- O Manuel recebeu uma proposta para trocar a loja por outra nova na cidade, mas a mãe disse: «Ovelha cornuda e vaca barriguda, não troques por nenhuma» — prefere ficar com o negócio conhecido.
- Quando te oferecem um emprego mais incerto e sem garantias, lembra-te do provérbio: é melhor manter algo estável do que arriscar tudo por promessas.
- No namoro, às vezes é preferível trabalhar a relação que já existe do que abandonar tudo por uma paixão inesperada.
Variações Sinónimos
- Mais vale o conhecido do que o incerto.
- Mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
- Antes o diabo que conheces do que o diabo que não conheces.
Relacionados
- Mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Antes o diabo que conheces.
Contrapontos
- Aconselha a estagnação: aceitar sempre o que se tem pode impedir melhorias legítimas.
- Nem todas as oportunidades são enganosas; às vezes a mudança traz progresso e bem‑estar.
- Pode justificar manutenção de situações injustas ou pouco produtivas em nome da segurança.
Equivalentes
- Inglês
Better the devil you know than the devil you don't. - Inglês (alternativa)
A bird in the hand is worth two in the bush. - Espanhol
Más vale pájaro en mano que ciento volando. - Francês
Mieux vaut la sûreté d'un tien que l'incertain de deux.