Pão de centeio só é bom quando é alheio

Pão de centeio só é bom quando é alheio.

As pessoas tendem a achar melhor aquilo que não lhes pertence — valorizam o que é alheio e desvalorizam o próprio.

Versão neutra

O que pertence a outros parece sempre melhor do que o nosso.

Quando posso usar este provérbio?
Usa‑o para criticar ou comentar situações em que alguém idealiza posses ou circunstâncias alheias, por inveja ou comparação. É apropriado em registo informal.
O provérbio é ofensivo?
Normalmente não; é mais irónico ou crítico. Deve‑se ter cuidado para não aplicá‑lo de modo a menosprezar pessoas ou classes sociais.
Tem origem conhecida?
Não há autor ou data precisos; é um provérbio da tradição oral com variantes em várias línguas que exprimem a mesma ideia.
Existe equivalente moderno?
Sim — expressões como 'a relva do vizinho é sempre mais verde' transmitem a mesma ideia e são hoje muito usadas.

Usa‑se em contexto coloquial para comentar inveja, comparação social ou a tendência para idealizar bens e posses de terceiros.
Pode ser empregado com ironia, para criticar quem desvaloriza o seu sem reconhecer o que tem.
Evitar usar literalmente sobre hábitos alimentares ou classes sociais para não soar depreciativo; o sentido é metafórico.
Registo informal; adequado em conversas familiares ou comentários críticos ligeiros, menos em textos formais.

Quando ela viu o apartamento do colega achou que era perfeito — disse que o pão de centeio só é bom quando é alheio.
O João critica sempre a própria profissão e admira o trabalho dos outros; lembrei‑lhe que 'pão de centeio só é bom quando é alheio'.
A família passava o tempo a comparar carros e a achar que os vizinhos tinham sempre melhores opções — prova de que a relva do vizinho parece mais verde.

Nem sempre o alheio é melhor — o nosso também tem valor.
Valorizar o que se tem e reconhecer os seus méritos em vez de idealizar o que é dos outros.
Apreciação pelo próprio esforço: o que conquistamos tem importância única.