Pão roubado não enche barriga

Pão roubado não enche barriga.
 ... Pão roubado não enche barriga.

Ganhos obtidos por meios ilícitos, enganosos ou imorais não trazem benefício duradouro nem tranquilidade.

Versão neutra

O que é ganho por meios ilícitos ou desonestos não traz benefícios duradouros nem segurança.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que aquilo que é obtido por meios desonestos ou ilícitos não traz benefícios duradouros, segurança ou paz de espírito — pode trazer problemas legais, perda de reputação ou instabilidade.
  • Quando é adequado usar este provérbio?
    É adequado em conversas para advertir contra atalhos desonestos, ao discutir ética no trabalho ou no comércio, e em conselhos intergeracionais sobre valores e sustento honesto.
  • O provérbio aplica-se sempre, mesmo em situações de fome extrema?
    O provérbio não pretende negar realidades de necessidade. Em situações extremas, muita gente e certo debate filosófico distinguem entre roubo por necessidade e roubo por lucro; a expressão sublinha consequências, não uma regra moral absoluta para todos os contextos.

Notas de uso

  • Usado para advertir contra o recurso a meios desonestos ou furtivos para obter sustento ou vantagem.
  • Tem um tom moralizador; aparece em conversas informais e em discursos que defendem o trabalho honesto.
  • Pode referir-se tanto a pequenas infrações (furto de alimentos) como a ganhos maiores obtidos ilicitamente.
  • Não pretende ignorar situações de necessidade extrema, mas sublinha as consequências práticas e éticas do acto.

Exemplos

  • Quando o João pensou em levar comida do armazém do patrão, a avó lhe disse: “Pão roubado não enche barriga” — e explicou que podia perder o emprego e a confiança das pessoas.
  • Durante a reunião, o gestor alertou: 'Pão roubado não enche barriga', lembrando que falsificar facturas pode trazer lucros imediatos, mas cria problemas legais e reputacionais.

Variações Sinónimos

  • Pão alheio não sacia
  • O fruto do roubo não alimenta
  • Ganhos ilícitos não dão sustento
  • O mal ganho não perdura

Relacionados

  • Quem não trabalha não come
  • Não há bem que sempre dure
  • Quem semeia ventos colhe tempestades

Contrapontos

  • Em situações de extrema necessidade (fome, desespero) há debates éticos sobre a permissividade moral de tomar alimentos alheios para sobreviver.
  • O provérbio simplifica realidades sociais: em contextos de pobreza sistémica, a crítica ao furto pode ignorar as causas estruturais da escassez.
  • Ganhos ilícitos podem, temporariamente, aliviar uma necessidade imediata; o provérbio enfatiza as consequências práticas e morais a médio/longo prazo.

Equivalentes

  • inglês
    Ill-gotten gains never prosper / Stolen bread won't satisfy
  • espanhol
    Pan robado no alimenta
  • francês
    Le fruit du vol ne nourrit pas