Para ovos frigir, temos de os partir.
Para alcançar certos resultados ou promover mudanças é necessário aceitar custos, perdas ou sacrifícios.
Versão neutra
Para fritar ovos é preciso quebrá‑los.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer expressar que um resultado desejado implica custos ou sacrifícios inevitáveis, especialmente em decisões que envolvem mudanças significativas. - Pode este provérbio ser usado para justificar qualquer dano?
Não. Deve distinguir‑se entre custos inevitáveis e ações que causam dano desnecessário ou evitável; o provérbio não legitima comportamentos antiéticos. - Existem formas mais moderadas de transmitir a mesma ideia?
Sim — por exemplo: 'Algumas mudanças exigem sacrifícios' ou 'Há custos associados a esta decisão', que soam menos decisivas e encorajam avaliação prévia.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar que um dado resultado exige inevitavelmente algum tipo de perda ou transtorno.
- É comum em contextos de gestão, políticas públicas, reformas e decisões pessoais onde há custos imediatos para obter benefícios futuros.
- Pode ser invocado indevidamente para desculpar danos desnecessários; convém analisar se os custos são realmente inevitáveis.
- Não legitima automaticamente comportamentos antiéticos: o princípio refere‑se a consequências inevitáveis, não a pretextos para causar prejuízo evitável.
Exemplos
- Ao reformar a empresa teremos que despedir alguns postos redundantes; para ovos frigir, temos de os partir — a curto prazo haverá custos, mas visamos a sustentabilidade.
- Se queres aprender um instrumento vais ter de praticar horas e cometer erros; para ovos frigir, temos de os partir — é inevitável errar no início.
- O município reconheceu que a obra causaria incómodos durante meses; afirmaram que, apesar do transtorno, para ovos frigir, temos de os partir.
Variações Sinónimos
- Não se faz omeleta sem partir ovos.
- Não se pode fritar ovos sem os partir.
- Sem quebrar ovos não há omeleta.
- Para conseguir algo, há que aceitar perdas.
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca.
- Há que cortar o mal pela raiz.
- Mais vale o mal conhecido do que o bem por conhecer.
Contrapontos
- Devagar se vai ao longe (sugere evitar decisões precipitadas ou minimizando danos).
- Mais vale prevenir do que remediar (insiste em evitar problemas em vez de aceitar sacrifícios).
- Nem tudo o que é inevitável é aceitável — avaliar alternativas e reduzir danos.
Equivalentes
- inglês
You can't make an omelette without breaking eggs. - espanhol
No se puede hacer una tortilla sin romper huevos. - francês
On ne fait pas d'omelette sans casser des œufs. - alemão
Man kann kein Omelett machen, ohne Eier zu zerbrechen.