Para quem tem fome, não há pão ruim.

A necessidade faz aceitar o que está disponível; quem precisa deixa de ser exigente.

Versão neutra

Quem tem fome aceita qualquer pão.

O provérbio aplica‑se apenas à fome literal?
Não. Aplica‑se também em sentido figurado a situações de escassez de opções, necessidade urgente ou quando alguém tem de aceitar aquilo que está disponível.
É adequado usar este provérbio em debate sobre direitos laborais?
Deve usar‑se com cautela. Pode explicar uma pressão para aceitar más condições, mas não justifica exploração nem a retirada de direitos básicos.
Existem variantes modernas mais neutras?
Sim. Por exemplo: «Quem tem fome aceita qualquer pão» ou «Quem precisa não escolhe tanto», que mantêm o sentido sem linguagem arcaica.

Usa‑se tanto em sentido literal (fome/escassez de alimentos) como figurado (falta de opções, urgência).
Tem um tom pragmático; pode justificar aceitação temporária de algo inferior, mas não legitima exploração nem falta de condições básicas.
É adequado em contextos informais e explicativos; em contextos formais ou sensíveis, convém moderar para não desvalorizar pessoas em necessidade.

Depois de horas de viagem sem parar, aceitaram o único restaurante aberto — para quem tem fome, não há pão ruim.
Na proposta de emprego, recusei insistir em pequenas regalias: quando as ofertas são poucas, para quem tem fome não há pão ruim.

Não deve ser usado para justificar condições inseguras ou exploração laboral.
Em questões de saúde e segurança alimentar, aceitar algo 'ruim' pode ser prejudicial; qualidade e higiene importam.
A longo prazo, aceitar sempre a pior opção pode perpetuar desigualdades; procurar melhorar circunstâncias é legítimo.