Pela boca morre o peixe.
Advertência de que falar demasiado ou revelar informação pode causar prejuízo ou desgraça.
Versão neutra
Quem fala demais arrisca-se a trair-se ou a causar prejuízo.
Faqs
- O que significa 'Pela boca morre o peixe'?
Significa que falar demasiado ou de forma imprudente pode levar à desgraça, perda ou a ser traído pelas próprias palavras. - Quando devo usar este provérbio?
Use-o para advertir alguém a não revelar informação sensível, a não contradizer-se em público ou a não fazer confissões precipitadas. Evite usá‑lo para silenciar denúncias legítimas. - Qual é a origem do provérbio?
Trata‑se de um provérbio de origem popular e oral; a imagem do peixe relaciona‑se com sociedades costeiras, mas não há autoria nem data certa conhecida.
Notas de uso
- Usa-se para advertir alguém a não falar demais, sobretudo quando pode revelar segredos, provas ou informação sensível.
- Tom: normalmente preventivo ou crítico; pode ser dito de forma jocosa ou séria conforme o contexto.
- Registo: informal a coloquial; comum tanto em Portugal como no Brasil, embora haja variantes regionais.
- Contextos frequentes: conversas familiares, avisos antes de negociações, comentários sobre confidências, e crítica a quem se contradiz ou se incrimina a falar.
- Precaução ética: não deve ser usado para silenciar vítimas ou impedir denúncias legítimas (p.ex. assédio, corrupção).
- Em contextos legais, o provérbio resume a ideia de que uma declaração imprudente pode ser usada contra quem a fez.
Exemplos
- Antes de ires à reunião, lembra-te: pela boca morre o peixe — não contes tudo o que sabes.
- Ele acabou por perder o processo porque fez declarações imprudentes; pela boca morre o peixe.
- Quando começaram a discutir em público, ela suspirou e disse baixinho: 'pela boca morre o peixe', e calou-se.
Variações Sinónimos
- De boca fechada não entra mosca
- Quem fala demais dá com a língua nos dentes
- Quem muito fala, pouco acerta
- Quem conta um segredo conta duas vezes
Relacionados
- O silêncio é de ouro
- Quem cala consente
- Falar pouco é sinal de prudência
Contrapontos
- Falar pode ser necessário para denunciar injustiças; o silêncio nem sempre é virtuoso.
- Em processos legais, o direito a declarar é protegido, e em alguns casos omissões podem ser prejudiciais; nem sempre o melhor é calar.
- Em relações de confiança, a comunicação aberta é importante; usar o provérbio para intimidar pode silenciar relatos legítimos.
Equivalentes
- Inglês
Loose lips sink ships (expressão equivalente: falar demais causa problemas) - Espanhol
Por la boca muere el pez (equivalente direto no idioma espanhol)