Pelo bem desconhecido deixei o conhecido, e vi‑me arrependido.

Pelo bem desconhecido deixei o conhecido, e vi-me  ... Pelo bem desconhecido deixei o conhecido, e vi-me arrependido.

Avisa contra trocar algo seguro e familiar por algo incerto, porque a escolha pelo desconhecido pode provocar arrependimento.

Versão neutra

Deixei o certo pelo incerto e arrependi‑me.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa‑se ao aconselhar alguém que pretende abandonar uma situação segura por outra incerta, sobretudo quando há sinais de precipitação ou promessas não verificadas.
  • Este provérbio desencoraja sempre a mudança?
    Não necessariamente. Adverte contra mudanças impulsivas e não informadas; mudanças ponderadas e calculadas continuam a ser legítimas e muitas vezes necessárias.
  • Tem origem conhecida ou autor atribuível?
    Não existe uma origem documentada ou autor único; é uma formulação popular que resume um sentimento comum presente em muitos idiomas e culturas.

Notas de uso

  • Usa‑se como advertência quando alguém abandona uma situação estável em favor de uma opção arriscada.
  • Frequentemente aparece em contextos pessoais (relações, emprego) ou financeiros (investimentos, negócios).
  • Transmite experiência e arrependimento; não é um elogio à inércia, mas um aviso sobre decisões pouco ponderadas.

Exemplos

  • Aceitei um emprego novo sem assegurar as condições e voltei para o anterior: pelo bem desconhecido deixei o conhecido, e vi‑me arrependido.
  • Ela trocou a casa que já pagava por um projeto arriscado e ficou sem nada; o provérbio encaixa bem: deixei o conhecido pelo desconhecido e arrependi‑me.
  • Quando vendemos a empresa por promessas de lucro que nunca chegaram, lembrámos‑nos do ditado — valia ter ficado com o que já funcionava.

Variações Sinónimos

  • Deixei o certo pelo duvidoso e arrependi‑me.
  • Não troques o seguro pelo incerto.
  • Mais vale o conhecido do que o por conhecer (variação breve).
  • Não troques o certo pelo incerto.

Relacionados

  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Não deixes o certo pelo duvidoso.

Contrapontos

  • Quem não arrisca não petisca. (Incentiva tomar riscos para ganhar.)
  • Para ganhar algo novo, é preciso arriscar. (Visão favorável à mudança calculada.)

Equivalentes

  • English
    Better the devil you know than the devil you don't (it's better to keep a familiar evil than to risk an unknown one).
  • Español
    Más vale lo malo conocido que lo bueno por conocer.
  • Français
    Mieux vaut ce que l'on connaît que ce que l'on ne connaît pas.