Picam os indiscretos mais que os insetos.
Alertar que a indiscrição atrai mais problemas, críticas ou consequências do que os riscos físicos evidentes.
Versão neutra
Quem é indiscreto sofre mais consequências (críticas, problemas) do que por picadas de insectos.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que quem é indiscreto — fala demais ou partilha informação imprudentemente — costuma sofrer mais consequências (críticas, problemas, intrigas) do que riscos óbvios, como as picadas de insectos. É uma advertência figurada contra a exposição desnecessária. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer aconselhar alguém a ter discrição, especialmente em assuntos pessoais, profissionais ou nas redes sociais. Adequa‑se a conversas informais e a textos que tratem de etiqueta ou prudência. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas é crítico: ao usá‑lo para descrever alguém pode ser interpretado como censura. Usar um tom suave ou explicar a intenção ajuda a evitar confrontos. - Qual é a origem deste provérbio?
Trata‑se de um provérbio de origem popular e oral. Não existe um registo histórico preciso; a imagem dos insectos e das picadas sugere origem em sociedades com contacto directo com o ambiente rural, mas hoje é corrente em contextos urbanos também.
Notas de uso
- Usa-se em contexto admonitório para avisar alguém que revela informação ou se expõe desnecessariamente.
- Geralmente figurado: 'picar' refere-se a críticas, intrigas ou problemas, não a picadas reais de insectos.
- Registo: informal a neutro; apropriado em conversas quotidianas, textos sobre etiqueta ou conselhos práticos.
- Não é uma expressão técnica nem ofensiva por si, mas pode soar crítica quando dirigida a alguém.
- Compatível com contextos em que se aconselha discrição — redes sociais, assuntos pessoais ou profissionais.
Exemplos
- Quando começou a partilhar detalhes da vida privada de colegas nas redes sociais, a diretora lembrou‑lhe: «Picam os indiscretos mais que os insetos» — e poucas semanas depois houve conflitos na equipa.
- O vizinho contou a toda a gente sobre o problema familiar e acabou por ficar exposto a julgamentos; agora dizem‑lhe que 'picam os indiscretos mais que os insetos'.
Variações Sinónimos
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem muito fala muito erra
- Fala pouco, vive muito
- Quem se expõe, sujeita‑se
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem muito fala, muito erra
- Quem cala consente
Contrapontos
- Por vezes a transparência evita problemas (abrir o assunto pode impedir boatos).
- A honestidade e a comunicação cuidada podem ser preferíveis à omissão: 'Falar é preciso' (valoriza a expressão responsável).
- Em alguns contextos, não expor informação pode ser prejudicial (por exemplo, denunciar injustiças).
Equivalentes
- inglês
Loose lips sink ships (advertência contra a indiscrição que causa danos) - espanhol
En boca cerrada no entran moscas (proverbio equivalente sobre o valor do silêncio) - francês
Qui parle trop se trompe souvent / En bouche close, pas de mouches (formas aproximadas)