Por me fazer mel, comeram-me as moscas

Por me fazer mel, comeram-me as moscas.
 ... Por me fazer mel, comeram-me as moscas.

Ao mostrar generosidade ou confiança, fui aproveitado e prejudicado por outros.

Versão neutra

Ao ser generoso, fui aproveitado por outras pessoas.

Faqs

  • O que significa exatamente este provérbio?
    Significa que, por ter sido generoso ou atencioso, a pessoa foi depois aproveitada, enganada ou prejudicada por outros. É uma advertência contra a exploração da boa vontade.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o em contextos informais para expressar desapontamento quando uma bondade foi mal correspondida ou para avisar alguém sobre o risco de ser aproveitado. Evite em situações formais ou onde possa magoar desnecessariamente.
  • É um provérbio ofensivo ou sensível?
    Não é intrinsecamente ofensivo: critica uma situação (ingratidão/exploração) e não um grupo protegido. O tom pode ser ácido; use com cuidado para não acusar injustamente alguém.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há uma origem documentada precisa. Trata‑se de um lugar‑comum da tradição oral portuguesa que sintetiza uma observação social sobre ingratidão e aproveitamento.

Notas de uso

  • Expressa desapontamento ou advertência quando a ajuda ou a bondade é usada indevidamente por terceiros.
  • Tem um tom crítico e cínico; usa-se frequentemente em contexto informal.
  • Pode servir como aviso para moderar confiança ou estabelecer limites, sem necessariamente condenar a generosidade em si.

Exemplos

  • Ajudei a montar o negócio do primo com contactos e dinheiro; agora que corre bem, fueron eles a levar os lucros. Por me fazer mel, comeram-me as moscas.
  • Dei horas extras sem pedir nada em troca e, no fim, tiraram-me tarefas permanentes. Por me fazer mel, comeram-me as moscas.

Variações Sinónimos

  • Quem dá mel, atrai moscas.
  • Dei mel e vieram as moscas.
  • Quem é bom demais, sai prejudicado (uso coloquial, aproximação de sentido).

Relacionados

  • Temas: ingratidão, exploração, prudência ao ajudar, limites pessoais.
  • Provérbios relacionados pela ideia de cautela: «Não metas os pés pelas mãos» (no sentido de evitar precipitação).

Contrapontos

  • «Quem dá, recebe» (promoção da generosidade como causa de retorno positivo).
  • «Dar sem esperar retorno» (valoriza a generosidade desinteressada apesar do risco).
  • Atitudes e ditados que defendem confiança e altruísmo, em oposição ao cinismo do provérbio.

Equivalentes

  • inglês
    No good deed goes unpunished. (Equivalente cínico que indica que actos bons podem causar prejuízo.)
  • inglês (idioma)
    Don't bite the hand that feeds you. (Refere-se mais directamente à ingratidão.)
  • espanhol
    Por dar miel, me comieron las moscas. (Tradução e uso popular em contextos semelhantes; aproximação idiomática.)