Por mal vizinho, não desfaças teu ninho.
Não abandones a tua casa ou segurança habitual por causa de um vizinho incómodo; é preferível suportar um incómodo conhecido do que arriscar perder o que já tens.
Versão neutra
Não abandones a tua casa por causa de um mau vizinho.
Faqs
- Quando devo aplicar este provérbio?
Aplica‑o quando a alternativa a um problema conhecido envolve riscos significativos, incerteza ou perda de segurança; não é apropriado se a situação for abusiva ou perigosa. - Significa que devo aceitar maus tratos ou injustiças?
Não. O provérbio aconselha prudência face ao risco da mudança, mas não justifica tolerar violência, ilegalidade ou exploração. Nesses casos, procurar ajuda e sair é recomendado. - Tem aplicação prática hoje em dia?
Sim. Continua relevante em decisões sobre habitação, emprego e relações locais, especialmente quando os custos e incertezas da mudança são elevados.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar prudência quando a alternativa a uma situação desagradável é incerta ou pior.
- Aplica‑se frequentemente a situações de moradia, trabalho ou relações locais onde a mudança implica risco ou perda de estabilidade.
- Não implica submissão a abusos; historicamente reflecte uma visão prática sobre custos e riscos da mudança.
- Hoje pode ser usado também de forma irónica, quando alguém tolera um problema evitável por conveniência.
Exemplos
- Os juros do arrendamento subiram, e o João pensa mudar‑se, mas a avó lembrou‑lhe: 'Por mal vizinho, não desfaças teu ninho' — melhor ficar onde conhece tudo do que arriscar uma situação pior.
- Numa sessão de família, quando Maria queria mudar de emprego só porque não se dava bem com um colega, disseram‑lhe o provérbio para a fazer pesar os prós e os contras antes de decidir.
Variações Sinónimos
- Mais vale o diabo que se conhece do que o diabo que não se conhece.
- Não troques o certo pelo duvidoso.
- Antes o conhecido do que o desconhecido.
Relacionados
- Mais vale o conhecido do que o desconhecido
- Quem tem telhados, não os troca por palha
- Melhor o feio conhecido que o bonito desconhecido
Contrapontos
- Nem sempre convém permanecer; em casos de perigo, abuso ou violação de direitos, sair ou agir é a opção correta.
- A estagnação por medo do desconhecido pode impedir melhorias significativas na qualidade de vida.
- Nos mercados modernos, mudar de residência ou trabalho pode trazer benefícios que superam os riscos iniciais; o conselho deve ser ponderado caso a caso.
Equivalentes
- Inglês
Better the devil you know than the devil you don't. - Espanhol
Mejor lo malo conocido que lo bueno por conocer. - Francês
Mieux vaut le diable qu'on connaît que l'ange qu'on ne connaît pas.