Por onde pecamos, por aí pagamos.

Por onde pecamos, por aí pagamos.
 ... Por onde pecamos, por aí pagamos.

Sofremos as consequências concretas dos nossos actos ou faltas; pagamos, de alguma forma, pelo que fazemos de errado.

Versão neutra

Sofremos as consequências dos nossos actos.

Faqs

  • Este provérbio tem origem religiosa?
    O provérbio integra conceitos presentes na tradição cristã (pecado e castigo), mas funciona como um ditado popular secular sobre responsabilidade; a sua origem exacta é incerta e não pode ser atribuída a um texto religioso específico.
  • Posso usar este provérbio num contexto formal?
    Sim. A frase é compreensível e adequada em contextos formais, desde que não seja usada como acusação sem fundamento. Em textos neutros pode preferir‑se uma versão menos carregada, como 'sofrer as consequências dos nossos actos'.
  • Qual a diferença para 'cada um colhe o que semeia'?
    'Cada um colhe o que semeia' é uma versão mais neutra e metafórica. 'Por onde pecamos, por aí pagamos' enfatiza mais o carácter moral ou punitivo das consequências.
  • É apropriado usar dirigido a alguém que cometeu um erro?
    Pode ser usado para sublinhar responsabilidade, mas convém evitar tom vingativo; melhor preferir linguagem que sugira consequências factuais e possíveis caminhos de reparação.

Notas de uso

  • Uso comum em linguagem coloquial e em reflexões morais; tom pode ser sério ou irónico conforme o contexto.
  • Palavra 'pecamos' confere matiz religioso/moral, mas o provérbio é usado também em sentido secular (erros, más decisões, consequências legais ou sociais).
  • Pode ser dirigido a uma pessoa singular substituindo 'pecamos' por 'pecaste' ou 'pecou', conforme o contexto: por onde pecaste, por aí pagas.
  • Registo: neutro a formal; evitar usá‑lo de forma acusatória sem provas, pois assume retribuição directa.

Exemplos

  • Depois de anos a cortar custos na segurança, a empresa acabou por sofrer um grande prejuízo — por onde pecaram, por aí pagaram.
  • Ele enganou muita gente com promessas falsas; quando tudo veio ao de cima, viu que por onde pecou, por aí pagou.
  • Se negligenciarmos a manutenção, mais tarde teremos de arcar com os custos: sofremos as consequências dos nossos actos.

Variações Sinónimos

  • Cada qual paga pelos seus erros.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades.
  • Cada um colhe o que semeia.

Relacionados

  • Justiça poética
  • Causa e efeito
  • Responsabilidade pessoal
  • Noções religiosas de pecado e expiação (contexto histórico)

Contrapontos

  • Nem sempre as consequências recaem sobre quem cometeu o acto; inocentes podem sofrer efeitos colaterais.
  • Existem situações em que perdão, reconciliação ou reparação anulam a ideia de pagamento inevitável.
  • A expressão pressupõe causalidade directa, que nem sempre é demonstrável em contextos complexos.

Equivalentes

  • Inglês
    You reap what you sow / What goes around comes around
  • Espanhol
    Quien mal hace, mal acaba
  • Francês
    On récolte ce que l'on sème
  • Italiano
    Chi semina vento, raccoglie tempesta