Por pouca saúde, mais vale nenhuma
Quando uma melhoria ou condição é tão insuficiente que não cumpre a sua função, é preferível a sua ausência a uma presença enganadora ou ineficaz.
Versão neutra
Se a melhoria é insuficiente para servir o seu propósito, é preferível não a ter.
Faqs
- O que significa este provérbio em termos práticos?
Significa que algo que existe em quantidade ou qualidade insuficiente, a fim de cumprir o seu propósito, pode ser inútil ou até enganador — por isso se prefere a ausência a uma solução insuficiente. - Posso usar este provérbio em contextos médicos?
Com cuidado. Em situações reais de saúde, intervenções parciais podem ter valor. O provérbio é mais apropriado para avaliar a eficácia global de algo do que para desvalorizar cuidados necessários. - Tem uma origem conhecida ou histórica?
Não há referência clara a uma origem histórica documentada para este provérbio; parece derivar da lógica popular sobre suficiência e utilidade. - Quando é desaconselhável usar este provérbio?
Evite‑o quando falar de cuidados médicos reais, de apoio a pessoas vulneráveis ou em contextos onde uma solução parcial ainda traz benefício significativo.
Notas de uso
- Usa‑se tanto em sentido literal (referindo‑se à saúde física ou serviços de saúde) como em sentido figurado (qualquer recurso, vantagem ou melhoria que seja insuficiente).
- Tomar cuidado ao usar em contextos médicos reais: pode soar insensível se interpretado como desvalorização de cuidados paliativos ou suporte parcial.
- É um provérbio de julgamento rápido — serve para justificar recusa de algo considerado inútil ou enganador.
Exemplos
- A clínica só oferece tratamentos superficiais e sem acompanhamento; por pouca saúde, mais vale nenhuma — prefiro procurar um hospital com melhores recursos.
- Se a manutenção resolve só metade dos problemas, por pouca 'saúde' do carro mais vale nenhuma: é melhor pôr as coisas bem feitas ou adiar o serviço.
Variações Sinónimos
- Mais vale nada do que quase nada
- Melhor nada do que pouco que engane
- Não vale a pena ter algo que não cumpre o propósito
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar (tem relação com escolher o melhor ou recusar soluções insuficientes)
- Antes só do que mal acompanhado (partilha a ideia de preferir ausência a algo prejudicial)
- Não adianta tapar o sol com a peneira (aponta a inutilidade de soluções superficiais)
Contrapontos
- Nem sempre a ausência é preferível: melhorias parciais podem prolongar qualidade de vida ou mitigar riscos enquanto se procura solução completa.
- Em saúde mental e cuidados paliativos, intervenções 'parciais' podem ter valor significativo; o provérbio simplifica situações complexas.
- Aplicado sem critério, pode levar à rejeição de medidas temporárias úteis ou de acessos a cuidados que, embora limitados, ajudam.
Equivalentes
- inglês (literal)
For little health, better none - inglês (aproximação de sentido)
If it's not enough to do the job, it's not worth having - espanhol
Por poca salud, mejor ninguna - francês
Pour peu de santé, mieux vaut n'en avoir aucune - alemão
Bei wenig Gesundheit ist keine besser