Se alguém é percebido como permissivo ou fraco, outras pessoas tendem a tirar partido dessa situação.
Versão neutra
Quando as pessoas percebem alguém como permissivo ou fraco, muitas aproveitam essa situação para exigir ou explorar.
Faqs
O que quer dizer exactamente este provérbio? Significa que quando alguém é visto como permissivo, tolerante ou incapaz de impor limites, é provável que outras pessoas tirem vantagem ou aumentem pedidos e exigências.
Em que situações é usado? Usa‑se em contextos sociais, familiares e profissionais para alertar sobre a necessidade de definir limites e evitar abusos ou sobrecarga.
É ofensivo dizer isso a alguém? Pode ser interpretado como crítica se dirigido directamente; é mais seguro usá‑lo como observação geral ou conselho para evitar confronto direto.
Qual a melhor resposta se alguém me disser este provérbio? Refletir sobre os limites pessoais e, se necessário, aprender a dizer não de forma assertiva; negociar responsabilidades e pedir apoio quando adequado.
Notas de uso
Registo coloquial; usado para alertar sobre a necessidade de estabelecer limites.
Aplica‑se a contextos pessoais, profissionais e sociais em que há vantagem em não ser permissivo.
Não é uma regra absoluta — depende da cultura do grupo e das relações de poder.
Pode ser interpretado como crítica ou conselho prático; cuidado com tom acusatório.
Exemplos
No escritório, o André aceitava sempre horas extra sem reclamar; quando acham mole, todos carregam e passaram a pedir‑lhe mais trabalho.
Na reunião de condomínio, ela nunca dizia não às propostas; com o tempo, acabou a aceitar encargos e tarefas adicionais — quando acham mole, todos carregam.
Se não pões limites aos pedidos dos teus amigos, vais ver que, quando acham mole, todos carregam e ficam a contar contigo para tudo.
Variações Sinónimos
Quem dá o dedo, perde o braço.
Quem não sabe dizer não, leva vantagem quem puder.
Quem se mostra fraco, atrai quem se aproveita.
Se deres margem, vão pedir mais.
Relacionados
A ocasião faz o ladrão (oportunidade gera aproveitamento).
Quem não diz 'não', leva (sobre não impor limites).
Não convides o lobo para o jantar (cautela em confiar em quem pode abusar).
Contrapontos
Nem sempre a perceção de 'moleza' resulta em abuso: em grupos solidários, a abertura pode gerar apoio em vez de exploração.
Em algumas culturas, a disponibilidade é valorizada e não necessariamente interpretada como fraqueza.
A expressão pode mascarar dinâmicas complexas de poder — a culpa não é só de quem é permissivo, mas também de quem explora.
Equivalentes
Inglês Give them an inch and they'll take a mile. (Se lhes deres um pouco, aproveitar‑se‑ão muito mais.)
Francês Qui se laisse faire se fait marcher dessus. (Quem se deixa, é pisado.)
Espanhol Si te ven blando, te comen. (Se te veem mole, aproveitam‑se de ti.)