Quando o médico é piedoso, é o doente perigoso.
Alerta que a compaixão ou complacência excessiva do profissional (aqui, o médico) pode prejudicar o doente, seja pela falta de rigor no tratamento ou pela possibilidade de ser manipulado.
Versão neutra
Quando o médico é demasiado compassivo, pode pôr o paciente em risco.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio de forma simples?
Significa que a complacência ou piedade excessiva por parte de quem trata pode provocar prejuízo ao destinatário — no caso do provérbio, o doente. - Posso usar este provérbio em contextos não médicos?
Sim. É frequente usá-lo metaforicamente para advertir contra indulgência excessiva em chefias, educação ou relações pessoais, quando essa indulgência cria risco. - O provérbio implica que a piedade é negativa?
Não necessariamente. Critica o excesso de piedade quando substitui competência, disciplina ou tomada de decisão responsável; não rejeita a empatia em si.
Notas de uso
- Pode ser aplicado literalmente na área da saúde (medicina, enfermagem) ou metaforicamente a outras relações de poder onde a indulgência cria risco.
- Não implica que a empatia seja má por si; critica o excesso de piedade quando impede decisões racionais e profissionais.
- Usa-se geralmente para advertir contra condescendência que substitui competência, disciplina ou responsabilidade.
- Convém evitar interpretações que desvalorizem a importância da compaixão clínica; o provérbio refere-se ao equilíbrio entre cuidado e rigor.
Exemplos
- Num debate sobre tratamento, o diretor disse: “Não podemos ser apenas benevolentes — quando o médico é piedoso, é o doente perigoso.”
- Ao avaliar uma política de tolerância com comportamentos perigosos, a coordenadora comentou: “Isto é um caso clássico de 'quando o médico é piedoso, é o doente perigoso'.”
- O chefe alertou a equipa: oferecer sempre conforto é importante, mas também é preciso impor limites; caso contrário, acabamos por agravar a situação.
Variações Sinónimos
- Quando o curador é demasiado piedoso, o dependente fica em risco.
- Demasiada compaixão pode ser prejudicial.
- A piedade sem critério causa danos.
Relacionados
- Mais vale um remédio eficaz do que uma palavra piedosa.
- A caridade mal aplicada faz mais mal do que bem.
- Cuidar não é apenas consolar; é também responsabilizar.
Contrapontos
- A empatia e a compaixão são qualidades essenciais na prática clínica e, quando bem orientadas, melhoram a adesão ao tratamento e os resultados.
- O provérbio simplifica uma realidade complexa: o problema não é a piedade em si, mas a ausência de competência ou de critérios profissionais.
- Risco de estigmatizar ajuda emocional: em muitas situações, a demonstração de piedade fortalece a relação de confiança entre profissional e paciente.
Equivalentes
- Inglês
When the doctor is too pious, the patient is in danger. (literal) / Excessive compassion from a caregiver can endanger the dependent. - Espanhol
Cuando el médico es piadoso, el enfermo está en peligro. - Francês
Quand le médecin est trop pieux, le malade devient dangereux.