Quando o vinho entra, o juízo sai

Advertência de que o consumo de álcool — especialmente em excesso — prejudica a capacidade de julgamento e o autocontrolo.

Versão neutra

O consumo excessivo de álcool tende a reduzir a capacidade de julgamento.

O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que o consumo de álcool costuma reduzir a capacidade de julgamento e o autocontrolo, levando a decisões impulsivas ou imprudentes.
De onde vem esta expressão?
É um ditado popular de origem incerta presente na tradição oral portuguesa; tem equivalentes em várias línguas europeias que comentam os efeitos do álcool.
É cientificamente correto afirmar isto?
Em termos gerais, sim: estudos mostram que o álcool afecta funções cognitivas e inibição comportamental. Contudo, o efeito varia conforme quantidade, frequência, e características individuais.
Posso usar este provérbio em situações formais?
É melhor evitar em contextos muito formais ou profissionais; funciona bem em conversas informais, advertências ou comentários humorísticos, com cuidado para não minimizar comportamentos perigosos.

Usa-se para advertir ou comentar comportamentos imprudentes ocorridos sob influência do álcool.
Registo: coloquial e familiar; pode ser usado com tom sério (advertência) ou bem-humorado (ironia).
Não deve ser usado para desculpar ou minimizar violência e decisões perigosas; é uma observação geral, não uma isenção de responsabilidade.
Aplica-se sobretudo ao consumo excessivo; não pretende estigmatizar quem bebe moderadamente nem substituir análise caso-a-caso.

Disseram-lhe para não telefonar ao ex depois da festa: afinal, quando o vinho entra, o juízo sai e ele ligou a toda a gente.
Num contexto profissional, vale a pena lembrar os colegas que em jantares com álcool a prudência deve ser redobrada — quando o vinho entra, o juízo sai.
Usaram o provérbio em tom de brincadeira quando o amigo começou a fazer promessas absurdas após beber demasiado.

Bebeu, falou (comentário sobre sinceridade ou indiscrição sob efeito do álcool)
In vino veritas (latim: em vinho, verdade — sugere que o álcool tende a revelar o que se pensa)
Quem bebe, esquece (referência às consequências do álcool no comportamento)

Algumas pessoas usam o álcool para relaxar e tornar-se mais sociáveis; nem sempre resulta em perda de juízo significativa, depende da quantidade e da tolerância individual.
A expressão é uma generalização: efeitos do álcool variam com o metabolismo, medicação, fadiga e outros factores.
Em contextos em que a franqueza é valorizada, a mesma situação pode ser vista como libertadora (comparação com 'in vino veritas'), não apenas negativa.

Inglês
When wine enters, judgment leaves (equivalent: Alcohol impairs judgment).
Espanhol
Cuando el vino entra, la cordura sale.
Francês
Quand le vin entre, le jugement sort.
Latim (relacionado)
In vino veritas (em vinho, há verdade) — expressão relacionada, mas com nuance diferente.