Quando se vai para a chuva é para se molhar.
Ao tomar uma ação cuja consequência é previsível, é razoável aceitar as consequências dessa ação.
Versão neutra
Quem se expõe à chuva, molha-se.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, quando se escolhe uma ação com consequências previsíveis, se deve aceitar essas consequências em vez de reclamar depois. - Em que contextos se pode usar?
Usa‑se em conversas para advertir sobre riscos assumidos, para justificar consequências previsíveis ou para lembrar alguém da responsabilidade das próprias escolhas. É mais comum em registo coloquial. - É ofensivo usar este provérbio?
Nem sempre, mas pode soar insensível se for aplicado a pessoas que sofreram danos por fatores fora do seu controlo. Deve‑se evitar quando implica culpabilizar injustamente.
Notas de uso
- Registo: coloquial; usado tanto em fala como em escrita informal.
- Função: advertência, justificação ou comentário sobre responsabilidade pessoal.
- Tom: pode ser admonitório, resignado ou crítico, dependendo do contexto.
- Uso literal: aplica-se quando alguém se expõe fisicamente à chuva sem precauções.
- Uso figurado: aplica-se a situações de risco, decisões deliberadas ou comportamento previsível.
- Cuidado: não deve ser usado para culpar injustamente vítimas de situações fora do seu controlo.
Exemplos
- Entraram na cidade sem guarda‑chuva e ficaram encharcados; quando se vai para a chuva é para se molhar.
- Assumiste esse investimento sabendo dos riscos — agora perde dinheiro não é surpresa: quando se vai para a chuva é para se molhar.
- Não faz sentido queixar‑se das críticas depois de ter dito aquilo em público; quando se vai para a chuva é para se molhar.
Variações Sinónimos
- Quem vai à chuva que se molhe.
- Se entras na chuva, molha‑te.
- Quem brinca com fogo acaba queimado.
- Quem se mete em apuros, que os resolva.
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca
- Não se chora sobre o leite derramado
- Quem semeia colhe
- Brinca com fogo e leva moderada
Contrapontos
- Nem sempre aceitar consequências é justo — podem existir fatores externos que mitigam a responsabilidade.
- Prevenção e precaução podem evitar a consequência previsível; o provérbio não incentiva sempre a imprudência.
- Usar o provérbio para culpar vítimas (por exemplo em acidentes) é inadequado e insensível.
- Em contexto jurídico ou profissional, a responsabilidade pode ser partilhada ou determinada por normas, não apenas por provérbios.
Equivalentes
- Inglês (literal)
If you go out in the rain, you'll get wet. - Inglês (idiomático)
If you play with fire, you'll get burned. - Espanhol
Quien se expone a la lluvia, se moja.