Quando teu inimigo estiver caído, não deves te alegrar, mas nem por isso precisa correr para reerguê-lo.
Proverbios Judaicos
Não te alegres com o insucesso de um adversário, mas não tens a obrigação de o socorrer – mantém equilíbrio ético e prudência.
Versão neutra
Não te alegres pela queda de um adversário; também não és obrigado a ajudá‑lo a levantar‑se.
Faqs
- Significa isto que devo ignorar alguém em perigo?
Não. O provérbio distingue entre não festejar a queda e a obrigação de ajudar. Em situações de emergência ou quando existir dever legal ou moral, a ajuda é apropriada. - É cobardia não ajudar um adversário?
Não necessariamente. Pode ser uma escolha ética ou estratégica: manter limites, evitar habilitar comportamentos nocivos ou proteger‑se. Ajudar ou não depende do contexto e das responsabilidades envolvidas. - Quando é aceitável ajudar um inimigo?
Quando existe risco de dano grave, quando a ajuda promove reconciliação ou quando há obrigação profissional/ legal. Avalia consequências práticas e éticas antes de agir. - Como usar este provérbio em ambiente profissional?
Usa‑o para aconselhar calma e profissionalismo: desencoraja a vanglória pública e sugere manter limites, ao mesmo tempo que recorda obrigações de cortesia ou deontologia.
Notas de uso
- Tom neutro e moderado; adequado em conversas sobre ética, conflitos e comportamento profissional.
- Evoca a ideia de evitar a vanglória perante a desgraça alheia, ao mesmo tempo que estabelece limites para a obrigação de ajudar.
- Não implica indiferença perante perigo real ou deveres legais/éticos (por exemplo, ajuda em caso de emergência).
- Pode ser usado para aconselhar alguém a não alimentar ódios nem a procurar humilhar o adversário.
Exemplos
- No escritório, quando um concorrente perdeu um cliente, Maria lembrou‑se: não te alegres pela queda do adversário; mantém o profissionalismo.
- Depois da discussão pública, João sentiu satisfação momentânea ao ver o crítico em apuros, mas lembrou‑se de não se alegrar com a queda e limitou‑se a não intervir.
- Numa competição desportiva, é impróprio festejar uma lesão do adversário; não te alegres pela sua queda, mas também não tens de abandonar a tua posição para o ajudar.
- Nas redes sociais, sempre que alguém é desacreditado, evita a sátira: não te alegres com a queda alheia; opta por respostas ponderadas.
Variações Sinónimos
- Não te alegres da queda do teu inimigo, nem te apresses a levantá‑lo.
- Não te regozijes com a desgraça do outro, mas também não és obrigado a acudir‑lhe.
- Não te alegres da queda do adversário; mantém a compostura.
Relacionados
- Não faças aos outros o que não queres que te façam (regra de ouro)
- A vingança não traz benefício duradouro
- Provérbios bíblicos sobre não se alegrar com a queda alheia (Provérbios 24:17)
Contrapontos
- Deveres morais ou legais podem obrigar a ajudar alguém em risco, mesmo que seja adversário (por exemplo, prestar primeiros socorros).
- Ajudar um adversário pode ser estratégico: conquistar respeito, reparar relações ou evitar consequências éticas e reputacionais.
- Em contextos comunitários, a indiferença perante a queda de alguém pode prejudicar o bem‑comum; há situações em que a solidariedade é preferível.
Equivalentes
- inglês
Do not rejoice when your enemy falls; do not let your heart be glad when he stumbles. (paraphrase of Proverbs) - espanhol
No te alegres de la caída de tu enemigo; no es menester que corras a levantarlo. - francês
Ne te réjouis pas de la chute de ton ennemi; cela ne veut pas dire que tu doives le relever.