Que é de casa, vai à praça.
O que é privado ou produzido em casa acaba por ser tornado público ou mostrado na praça/mercado.
Versão neutra
O que é privado acaba por se tornar público.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para advertir que assuntos privados tendem a tornar‑se públicos ou para comentar que bens caseiros acabam por ser conhecidos no mercado local. - Tem sempre conotação negativa?
Não necessariamente; pode ser resignado, crítico ou neutro. Também se usa de forma positiva quando se refere a produtos caseiros divulgados na praça. - É um provérbio ainda usado hoje em dia?
Sim, sobretudo em contextos regionais ou informais; permanece compreensível para a maioria dos falantes de português de Portugal.
Notas de uso
- Registo coloquial; usado sobretudo em contextos rurais ou familiares.
- Pode ter tom resignado (aceitação de que segredos se divulgam) ou crítico (acusação de falta de discrição).
- Também se aplica literal e positivamente a bens feitos em casa que se vendem/mostram na praça.
- Não é normalmente usado em contextos formais ou académicos.
Exemplos
- Não lhe contem nada de sensível — aquilo espalha-se depressa, que é de casa, vai à praça.
- Os bolos que a avó fazia eram tão bons que, literalmente, que é de casa, vai à praça — toda a aldeia os conhecia e comprava.
Variações Sinónimos
- O que é de casa vai à feira.
- Segredo de família não dura.
- O que é de casa não fica escondido.
Relacionados
- Segredo de polichinelo (expressão para segredo que já é conhecido por muitos).
- O que se passa em casa, fica em casa (dito contraposto, que valoriza a discrição).
Contrapontos
- Nem tudo o que é íntimo deve ser divulgado; há assuntos que convém manter reservados.
- Em sociedades e contextos profissionais modernos, a divulgação pode ter consequências legais ou éticas.
Equivalentes
- espanhol
Lo que es de casa va a la plaza. - inglês
What happens at home ends up in the town square. - francês
Ce qui est à la maison finit sur la place.