Do homem, a praça; da mulher, a casa.
Atribui aos homens o espaço público (praça) e às mulheres o espaço privado/doméstico (casa), refletindo uma divisão tradicional de papéis por sexo.
Versão neutra
Algumas pessoas tendem a ver os espaços públicos e privados de forma diferente, mas hoje reconhece‑se que qualquer pessoa pode ocupar a praça ou a casa conforme as suas escolhas.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, tradicionalmente, os homens eram vistos como pertencentes ao espaço público e as mulheres ao espaço doméstico, expressando uma divisão de papéis por género. - É ofensivo usar este provérbio hoje?
Sim, pode ser considerado ofensivo ou retrógrado porque reforça estereótipos de género; em contextos académicos ou críticos pode ser citado para analisar mentalidades históricas. - Quando é aceitável citar este provérbio?
Aceitável em análises históricas, críticas sociais ou ao relatar crenças de épocas passadas; deve evitar‑se usá‑lo para justificar comportamentos atuais.
Notas de uso
- Usado para justificar ou descrever papéis tradicionais de género na sociedade.
- Aparece em contextos conservadores, familiares ou em comentários sobre costumes antigos.
- Hoje é frequentemente citado de forma crítica ou irónica por ser redutor e sexista.
- Não é adequado para apoiar políticas de igualdade de género nem para descrever capacidades individuais.
Exemplos
- Num debate sobre participação política, alguém citou o provérbio 'Do homem, a praça; da mulher, a casa' para criticar a baixa representação feminina, e os restantes participantes responderam lembrando a importância de igualdade de oportunidades.
- Quando a avó repetiu 'Do homem, a praça; da mulher, a casa', a neta respondeu com ironia, dizendo que hoje as praças e as casas pertencem a quem quiser ocupá‑las.
- Um historial cultural explicou que o ditado reflete uma divisão social do passado, útil para compreender mentalidades antigas mas incompatível com políticas modernas de inclusão.
Variações Sinónimos
- Ao homem a praça, à mulher a casa
- Lugar de mulher é na casa (variante mais directa, mais carregada)
- É o discurso tradicional sobre o público e o privado
Relacionados
- «Lugar de mulher é na cozinha» (expressão relacionada, marcadamente sexista)
- Ditados que contrapõem o público e o privado em sociedades tradicionais
- Frases e discursos sobre papéis sociais e divisão do trabalho por género
Contrapontos
- Lugar de mulher é onde ela quiser — afirmação que rejeita a atribuição fixa de papéis por género.
- Competências e interesses individuais, não o sexo, devem determinar quem ocupa espaços públicos ou privados.
- Políticas de igualdade e participação cívica promovem que tanto homens como mulheres ocupem a praça e a casa segundo escolha.
Equivalentes
- inglês
A woman's place is in the home. - francês
La place de la femme est à la maison.