Que prazer de marido, a cera acabada e ele vivo.
Ironiza um cônjuge que consome recursos e não traz benefício: é um fardo que permanece vivo apesar da falta de utilidade ou rendimento.
Versão neutra
Que bom marido… as reservas acabaram e ele continua a viver (irónico sobre alguém que só consome e não contribui).
Faqs
- O que significa este provérbio?
Expressa ironia ou desdém por alguém — tipicamente um marido — que consome os recursos domésticos sem contribuir, tornando‑se um peso apesar de ainda estar vivo. - É ofensivo usar este provérbio hoje?
Pode ser considerado insultuoso ou desrespeitoso se aplicado directamente a uma pessoa. É mais adequado como comentário crítico sobre comportamentos do que como ataque pessoal. - De onde vem a imagem da «cera»?
Na linguagem tradicional, cera (velas, gordura ou reservas domésticas) simboliza os bens ou provisões da casa. A metáfora sublinha o esgotamento desses recursos. - Quando é apropriado usar esta expressão?
Em contextos informais para criticar atitudes de dependência económica ou falta de iniciativa. Evite‑a em situações delicadas ou públicas para não ofender.
Notas de uso
- Tom irónico ou mordaz dirigido a alguém (normalmente um marido) percebido como inútil ou apenas consumidor de bens da família.
- Forma arcaica; encontra-se sobretudo em provérbios e fala popular antiga. Hoje usa‑se mais em tom jocoso ou crítico, raramente literal.
- Evoca a imagem da cera (velas ou reservas domésticas) como símbolo dos recursos ou do dote consumido.
Exemplos
- Quando a família reparou que ele não trazia rendimento e só gastava, alguém murmurou: «Que prazer de marido, a cera acabada e ele vivo».
- Ao comentar a situação do irmão que gastou a herança sem trabalhar, a mãe disse, com amargura: «Que prazer de marido — a cera acabada e ele vivo».
- Usou‑o em jeito de ironia depois de ver o marido recusar procurar emprego e gastar as reservas: «Que prazer de marido, a cera acabada e ele vivo».
Variações Sinónimos
- Cera acabada e o homem vivo.
- Marido que só consome: cera acabada, ele vivo.
- Cera gasta, marido que não dá — e continua vivo.
Relacionados
- Quem casa por dinheiro, casa por perder.
- Mais vale quem trabalha que quem herda.
- Quem não poupa perde o que tem.
Contrapontos
- Valorizar a vida e a companhia sobre bens materiais: ser vivo tem mais valor do que ter bens.
- Nem todos os casos em que alguém consome recursos são culpa direta dessa pessoa — podem existir contextos de doença, desemprego ou desigualdade de oportunidades.
- O provérbio reflecte uma visão utilitarista das relações; uma perspetiva oposta enfatiza solidariedade e apoio mútuo.
Equivalentes
- Inglês
A white elephant (algo inútil e caro de manter); figuratively, 'dead weight' for a burdensome person. - Castelhano
Ser un lastre (ser um peso); usado para descrever alguém que só atrai encargos.