Quem a todos crê, erra, e quem a nenhum crê, não acerta.
Advertência para evitar tanto a credulidade excessiva quanto a desconfiança total: confiar seletivamente é mais prudente.
Versão neutra
Quem confia em todos acaba por errar; quem não confia em ninguém não acerta.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer aconselhar alguém a não aceitar tudo sem exame crítico, nem a rejeitar automaticamente qualquer proposta — especialmente em decisões que exigem avaliação de fontes. - Significa isto que devo desconfiar de toda a gente?
Não; o provérbio recomenda equilíbrio: avaliar provas, verificar credenciais e aplicar juízo crítico em vez de credulidade cega ou desconfiança total. - Como aplicar isto no trabalho?
Peça dados, corroborantes ou provas antes de aceitar reivindicações importantes; fomente confiança mútua com regras claras e mecanismos de verificação. - O provérbio tem limitações?
Sim — não serve como regra fixa em contextos que exigem confiança imediata (por exemplo, emergência) nem em culturas onde a confiança imediata é essencial para laços sociais.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar cautela no julgamento de informação ou pessoas, sem recomendar desconfiança absoluta.
- Tom didáctico e moralizante; apropriado em conversas sobre tomada de decisão, relações pessoais e negócios.
- Registo coloquial/popular; pode soar paternalista se aplicado de forma prescritiva a terceiros.
Exemplos
- Num projeto de equipa, acreditar em todas as promessas sem verificação pode levar a falhas; por outro lado, recusar tudo o que os colegas propõem impede progresso — quem a todos crê, erra, e quem a nenhum crê, não acerta.
- Ao avaliar conselhos financeiros, é imprudente aceitar todas as recomendações sem análise; também não se deve rejeitar de imediato toda a orientação especializada.
Variações Sinónimos
- Quem crê em tudo erra, e quem em nada crê, não acerta.
- Acreditar em todos é erro; desconfiar de todos é paralisia.
- Nem toda a confiança é boa, nem toda a desconfiança é má.
Relacionados
- Confia, mas verifica (lema prático sobre confiança com verificação)
- Nem tanto ao mar, nem tanto à terra (sugere equilíbrio)
- Mais vale prevenir do que remediar (ênfase na prudência)
Contrapontos
- Em equipas e instituições, níveis elevados de confiança mútua são necessários para cooperação eficiente; desconfiar sempre inviabiliza ação coletiva.
- Em situações de risco elevado, confiar exclusivamente em si próprio sem ouvir peritos pode ser tão perigoso quanto confiar em tudo.
- Algumas comunidades valorizam a confiança imediata como base de coesão social; aplicar o provérbio sem considerar o contexto social pode ser inapropriado.
Equivalentes
- inglês
Trust, but verify. - espanhol
Quien a todos cree yerra, y quien a ninguno cree no acierta.