Quem errar por natureza, não acerta por razão.
Indica que defeitos ou vÃcios enraizados na personalidade ou hábito de alguém não se corrigem apenas com argumentos racionais.
Versão neutra
Quem erra por hábito não se corrige apenas com argumentos racionais.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se pretende sublinhar que um comportamento está tão enraizado que argumentos racionais por si só provavelmente não o alterarão; útil em análises de hábitos e carácter, não como condenação final. - O provérbio diz que as pessoas não podem mudar?
Não necessariamente. O provérbio enfatiza a resistência à mudança por meios exclusivamente racionais; não exclui que mudança seja possÃvel através de treino, terapia, motivação ou experiência. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser interpretado como fatalista ou insensÃvel. É preferÃvel usá‑lo com cautela e evitar aplicá‑lo directamente a quem já enfrenta dificuldades e procura mudar. - Qual a diferença entre 'natureza' e 'hábito' neste contexto?
Aqui 'natureza' refere‑se a inclinações duradouras ou traços de carácter; 'hábito' destaca padrões comportamentais repetidos. Ambos implicam resistência à mudança, mas o hábito tende a ser mais passÃvel de intervenção prática.
Notas de uso
- Usa‑se para apontar a dificuldade de mudar comportamentos habituais ou traços de carácter com explicações ou lógica isoladas.
- Frequentemente aplicado em contexto moral, social ou profissional para justificar ceticismo quanto à mudança imediata de alguém.
- Não implica que a mudança seja impossÃvel — antes sublinha que pode exigir meios diferentes: prática, motivação, terapia ou experiência.
- Tomar atenção ao aplicar o provérbio a pessoas: pode soar pouco empático ou determinista se usado de forma categórica.
Exemplos
- Tentámos convencê‑lo a seguir procedimentos mais seguros, mas ele insiste no mesmo método; quem errar por natureza, não acerta por razão.
- No debate sobre corrupção, alguns defendem que provas e argumentos bastam, mas a experiência mostra que nem sempre é assim — quem errar por natureza, não acerta por razão.
- Depois de tantos anos a reagir impulsivamente, ela precisa de treino e acompanhamento; explicar o que está mal não chega — quem erra por natureza, não acerta por razão.
- Na equipa, o manager percebeu que punir com memórias verbais não mudava o comportamento: quem erra por natureza, não acerta por razão.
Variações Sinónimos
- Quem erra por hábito não se corrige com razão.
- Quem nasce torto não se endireita com argumentos.
- Não se ensina truques novos a um cão velho. (variação semelhante)
- Quem erra por natureza, dificilmente se corrige só com palavras.
Relacionados
- Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
- Não se pode ensinar um cão velho a fazer truques novos.
- A palavra convence, o exemplo arrasta. (contraponto prático)
Contrapontos
- A ciência do comportamento mostra que hábitos podem mudar com repetição, treino e reforço adequado.
- Intervenções psicológicas, educação e experiências marcantes podem modificar traços ou respostas habituais.
- Generalizar que alguém 'não acerta por razão' pode ignorar fatores sociais, económicos ou de saúde que condicionam o comportamento.
Equivalentes
- inglês
You can't teach an old dog new tricks. - inglês
A leopard can't change its spots. - francês
Chassez le naturel, il revient au galop. - espanhol
Genio y figura hasta la sepultura.