Quem anda na terra alheia, é o primeiro que apanha e o derradeiro que come.
Adverte que quem entra no território, nas regras ou na casa de outrem tem mais probabilidades de sofrer as consequências primeiro e de não obter os benefícios até ao fim; lembra atenção, respeito e humildade perante ambientes alheios.
Versão neutra
Quem entra no espaço ou sistema de outra pessoa sofre as consequências primeiro e só usufrui por fim.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Recomenda prudência e respeito ao entrar num espaço que pertence ou segue normas de outrem, porque o forasteiro tende a sofrer as consequências primeiro e só mais tarde beneficia. - Em que contextos posso usar este provérbio?
Em situações de trabalho, convivência familiar, deslocações a outras regiões ou ao lidar com instituições alheias — sempre que convém avisar sobre riscos e hierarquias do lugar. - É um provérbio discriminatório?
Não é necessariamente discriminatório; é um aviso pragmático. Contudo, usado de forma rígida pode justificar exclusão. É importante equilibrar prudência com abertura e respeito. - Tem uma origem conhecida?
Não há fonte documentada clara para este provérbio no registo popular disponível; parece derivar de sabedoria oral sobre comportamento em territórios alheios.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar cautela ao entrar em contextos sociais, profissionais ou geográficos que não são os nossos.
- Implica reconhecimento de hierarquias e costumes locais: o forasteiro assume riscos e não é normalmente priorizado.
- Tomar o provérbio literalmente pode levar a atitudes fechadas; é mais adequado como aviso prudencial do que como regra absoluta.
- Registo: coloquial e proverbiale; funciona bem em conversas informais e em advertências práticas.
Exemplos
- O Miguel chegou agora à equipa e, por desconhecer os procedimentos, foi o primeiro a ser responsabilizado quando algo correu mal — quem anda na terra alheia, é o primeiro que apanha e o derradeiro que come.
- Quando aceitámos trabalhar na empresa parceira sem perceber bem as regras internas, ficámos sem prioridade nas entregas; serve de lição: quem entra na terra alheia deve observar antes de agir.
- Se vais visitar uma comunidade com costumes diferentes, respeita e observa: o forasteiro dificilmente é tratado como nativo e só depois conquista confiança e benefícios.
Variações Sinónimos
- Quem entra em casa alheia, tem de seguir as regras de lá.
- Em terra estranha, segue os usos e não faças conflitos.
- Quem é forasteiro sujeita‑se às consequências primeiro.
Relacionados
- Respeitar os costumes locais
- Etiqueta e boas práticas em ambientes alheios
- Prudência ao atuar em contextos desconhecidos
Contrapontos
- Nem sempre o forasteiro fica em desvantagem: a novidade pode trazer vantagens, como novas perspetivas ou liberdade para inovar.
- Leis e normas modernas protegem direitos de visitantes e trabalhadores, mitigando a ideia de que são sempre os primeiros a sofrer.
- Uma atitude excessivamente cautelosa pode inibir integração e oportunidades; às vezes é necessário agir para conquistar espaço.
Equivalentes
- inglês
He who enters another's land is the first to suffer and the last to eat. - espanhol
Quien anda en tierra ajena, es el primero que padece y el último que come. - francês
Celui qui marche sur une terre étrangère est le premier à souffrir et le dernier à se nourrir.