Quem caga e come, não morre de fome.
Expressa a ideia de que quem participa da produção e do consumo assegura o próprio sustento; enfatiza autossuficiência ou controlo sobre os meios de subsistência.
Versão neutra
Quem produz e consome, não passa fome.
Faqs
- O provérbio é ofensivo?
Contém linguagem vulgar e referências a funções corporais, pelo que pode ser considerado ofensivo ou indelicado em contextos formais. Em contextos familiares ou entre amigos é mais aceitável, muitas vezes com tom jocoso. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Apropriado em conversas informais para sublinhar autossuficiência ou o valor de produzir o próprio alimento. Evitar em comunicações profissionais, académicas ou públicas; nestes contextos prefira versões neutras como «Quem produz e consome não passa fome». - Reflete realidade económica?
Tem uma base prática: acesso direto aos meios de subsistência reduz a dependência externa. Porém, não garante proteção contra factores como doença, clima, políticas económicas ou falta de recursos.
Notas de uso
- Registo fortemente coloquial e vulgar; contém linguagem referida a funções corporais.
- Usado sobretudo em contextos informais, familiares ou jocosos; pode chocar ou ser considerado ofensivo em ambientes formais.
- Transmite uma noção prática: ter acesso direto ao que se consome (criar animais, cultivar alimentos) reduz o risco de escassez.
- Pode ser citado ironicamente para criticar quem depende totalmente de terceiros ou do sistema económico para sobreviver.
- Existem formas eufemísticas e variantes menos cruas que são preferíveis em contextos públicos ou académicos.
Exemplos
- Depois do jantar, o avô riu e disse, em tom de brincadeira: «Quem caga e come, não morre de fome», referindo‑se à horta e aos animais que criavam.
- Numa discussão sobre autossuficiência, a agricultora afirmou: «Quem produz e consome, não passa fome», defendendo a importância da agricultura familiar.
Variações Sinónimos
- Quem cria e come, não passa fome.
- Quem tem criação não passa fome.
- Quem produz o seu alimento não passa necessidade.
- Quem planta e colhe, tem o que comer.
Relacionados
- Quem semeia, colhe.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. (valorizar recursos próprios)
- Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. (sobre necessidades básicas)
Contrapontos
- Ter produção própria não garante segurança alimentar se houver doença, falta de sementes ou perdas na colheita.
- Economias modernas e cadeias de abastecimento tornam a autossuficiência insuficiente para muitas necessidades.
- Frase pode ser usada para justificar desigualdades ou falta de apoio social, culpando a vítima por não ser auto‑suficiente.
Equivalentes
- inglês
He who produces and eats will not go hungry. (literal; registro coloquial) - espanhol
El que cría y come, no pasa hambre. - francês
Qui produit et consomme ne meurt pas de faim. - alemão
Wer selbst produziert und isst, muss nicht hungern.