Quem vive de esperança, morre de fome.
Adverte que apenas esperar sem agir pode levar à privação ou ao fracasso.
Versão neutra
Apenas ter esperança, sem tomar medidas, pode conduzir à necessidade.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que apenas esperar por circunstâncias melhores, sem tomar medidas práticas, pode levar à necessidade ou ao fracasso. - Quando devo usar este provérbio?
Quando se quer criticar passividade ou sublinhar a necessidade de ação prática em vez de confiar só na sorte ou em promessas. - É um provérbio ofensivo?
Tem um tom directo e pode ser percebido como duro, mas enuncia uma advertência prática; usar com cuidado segundo o contexto e o interlocutor. - Tem origem histórica conhecida?
Não existe uma origem documentada única; trata-se de um ditado popular transmitido oralmente na tradição lusófona.
Notas de uso
- Usa-se para criticar passividade ou excesso de confiança em soluções futuras sem plano prático.
- Frequente em contextos económicos, profissionais e na educação sobre responsabilidade pessoal.
- Registo: coloquial e proverbial; pode soar contundente ou didáctico conforme o contexto.
- Não invalida o valor da esperança enquanto motivador, mas enfatiza a necessidade de ação concomitante.
Exemplos
- O Miguel esperava que a economia melhorasse por si só e nunca procurou alternativas; quem vive de esperança, morre de fome — acabou sem trabalho durante meses.
- Num projecto empresarial não chega desejar que as vendas subam; quem vive de esperança, morre de fome: é preciso ajustar a estratégia e agir.
- A família não podia confiar só em promessas de ajuda; repetiram o provérbio para justificar a procura activa de soluções imediatas.
Variações Sinónimos
- Quem vive de esperanças, morre de fome.
- De esperança não se enche a barriga.
- Quem só espera, acaba por passar necessidade.
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca.
- Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
- A esperança é a última a morrer. (contraponto habitual)
Contrapontos
- A esperança pode ser um motor psicológico importante: em situações de longo prazo, esperar pode ser racional.
- Em contextos estruturais (desemprego, crise), a responsabilidade individual não resolve tudo; são necessárias políticas públicas.
- O provérbio é intencionalmente severo e não deve apagar o papel do planeamento cuidadoso e do apoio social.
Equivalentes
- es
El que vive de esperanzas, muere de hambre. - en
He who lives on hopes will die hungry. - fr
Qui vit d'espérances meurt de faim.