Ações têm consequências: quem provoca uma necessidade (literal ou figurada) tem de suportar o custo ou o esforço acrescido.
Versão neutra
Quem come alimentos salgados terá de beber mais líquido ou suportar as consequências das suas escolhas.
Faqs
Quando devo usar este provérbio? Use quando quiser enfatizar que alguém deve arcar com as consequências de um acto, ou de forma literal quando a comida salgada provoca sede.
É um provérbio ofensivo? Geralmente não; é mais advertência ou comentário moral. Todavia, o tom pode ser percebido como repreensivo se dirigido com crítica pessoal.
Pode ser usado em contextos formais? É mais adequado a registo coloquial. Em contextos formais prefira uma formulação neutra que explique a ideia das consequências.
Notas de uso
Usa‑se tanto de forma literal (comer alimentos salgados causa sede) como figurada (quem causa um problema deve suportar as consequências).
Tom frequentemente admoestador ou moralizante; pode servir de conselho ou reprovação.
Registo coloquial; apropriado em conversa informal e em comentários morais, menos em textos altamente formais.
Aplicável a situações de responsabilidade, custos ocultos, escolhas com consequências previsíveis e actos de risco.
Exemplos
Literal: Depois de comer tanto chouriço e azeitonas, tive de encher a garrafa — quem come salgado, bebe dobrado.
Figurado (responsabilidade): Assumiste o empréstimo para essa compra; agora tens de o pagar — quem come salgado, bebe dobrado.
Figurado (consequências previsíveis): Se aceitas gerir o evento sem ajuda, também te compete resolver os imprevistos — quem come salgado, bebe dobrado.
Variações Sinónimos
Quem come salgado, bebe o dobro
Quem come salgado tem de beber
Quem faz a festa, paga a conta (sentido semelhante: aceitar as consequências)
Relacionados
Quem semeia ventos colhe tempestades (consequências dos actos)
Cada um colhe o que semeia (responsabilidade pelas próprias acções)
Não há almoço grátis (tudo tem um custo)
Contrapontos
Quem não arrisca não petisca (valoriza o risco como condição para o ganho, contraponto à ideia de evitar consequências)
Depois da tempestade vem a bonança (situação adversa pode ser temporária e compensada depois)