A quem beneficiou ou cometeu algo, cabe aceitar as consequências e fazer penitência — uma chamada à responsabilidade ou ao reconhecimento da culpa.
Versão neutra
Quem fez algo errado, que aceite as consequências e peça desculpa.
Faqs
O provérbio é ofensivo por usar linguagem religiosa? Não é necessariamente ofensivo, mas contém uma referência religiosa (Páter Nóster). Em contextos formais ou com audiências diversificadas, é preferível usar alternativas neutras.
Quando devo usar este provérbio? Use-o em situações informais para sublinhar que alguém deve aceitar as consequências das próprias ações. Evite em situações que exijam sensibilidade ou linguagem inclusiva.
Tem origem numa frase literária conhecida? Não existe uma fonte literária inequívoca; trata-se de um ditado popular difundido oralmente, ligado à tradição cristã pelo uso da oração ‘Pater Noster’.
Notas de uso
Uso informal e popular; tom muitas vezes admonitório ou jocoso.
Empregado para lembrar alguém de que tem de assumir as consequências das próprias ações.
Contém referência religiosa (Páter Nóster); pode soar anacrónico ou inadequado em contextos laicos ou formais.
Mais comum em Portugal e em comunidades de fala portuguesa com tradição católica.
Exemplos
Depois de ser apanhado a copiar no teste, o aluno ouviu a diretora: «Quem comeu a papa, reze o Páter Nóster» — ou seja, tem de admitir e aceitar a sanção.
Quando a empresa vendeu o produto defeituoso, o gerente disse ao departamento: «Quem comeu a papa, reze o Páter Nóster»; tinham de ajudar a resolver o problema e assumir responsabilidades.
Variações Sinónimos
Quem fez, que pague.
Fez, que aguente.
Quem comeu a papa tem de rezar o Pater Noster.
Quem semeia ventos, colhe tempestades (parcialmente equivalente no sentido de consequências).
Relacionados
Cada um colhe o que semeia
Quem fez a cama, que a durma
Dar ouvidos ao diabo (contexto de consequências por más escolhas)
Contrapontos
Enfatiza punição e penitência em vez de reparação ou reconciliação; pode ser visto como punitivo.
A referência religiosa pode excluir pessoas de outras crenças ou não crentes; numa perspetiva moderna, preferem-se fórmulas que valorizem responsabilidade sem conotações religiosas.
Nem sempre a melhor resposta é a punição: abordagens de justiça restaurativa focam na reparação e diálogo.