Quem dá muito, acanhadamente, obriga pouco.
Quando se dá com relutância, timidez ou falta de boa vontade, mesmo uma grande oferta cria pouca obrigação ou gratidão no receptor.
Versão neutra
Quem dá muito, mas com relutância ou timidez, cria pouca obrigação no destinatário.
Faqs
- Qual é a ideia central deste provérbio?
A ideia central é que a atitude com que se oferece algo (generosidade, franqueza) importa tanto quanto o valor material; dar com má vontade reduz o impacto moral do presente. - Posso usar este provérbio em contextos formais?
Sim. É apropriado em registos formais e informais quando se discute ética, filantropia, relações interpessoais ou etiqueta. - Este provérbio desencoraja o acto de dar?
Não necessariamente. Mais do que desencorajar a dádiva, destaca a importância da sinceridade e da boa vontade ao dar. - Tem origem conhecida?
Não há fonte ou data de origem claramente documentada para este provérbio; é parte da tradição oral de aforismos sobre generosidade e comportamento social.
Notas de uso
- Refere‑se mais à atitude de quem dá do que ao montante do que é dado.
- Usa‑se para criticar doações feitas sem generosidade de ânimo ou sem franqueza.
- Aplicável a bens materiais, favores, elogios ou apoio — a recepção depende também do modo como o presente é oferecido.
- Tom formal/informativo; adequado em conversas sobre ética, relações pessoais ou etiqueta.
Exemplos
- Ofereceu uma grande soma para ajudar a associação, mas falou dela como se fosse um incómodo — quem dá muito, acanhadamente, obriga pouco.
- Quando elogiou o trabalho da equipa de forma hesitante e crítica, o reconhecimento perdeu força; aplica‑se aqui o provérbio: quem dá muito, acanhadamente, obriga pouco.
- Ela trouxe um presente caro, mas entregou‑o sem sorriso nem explicação — o gesto não gerou grande afeto nem dívida moral.
Variações Sinónimos
- Quem dá de má vontade, pouco obriga.
- Dar com relutância não cria obrigação.
- O modo de dar vale tanto quanto o que se dá.
Relacionados
- Não é o quanto se dá, mas o modo como se dá.
- Dar é receber (quando é feito de coração).
- De boas palavras e bons gestos se fazem grandes cortesias.
Contrapontos
- Em algumas situações, o valor material da ajuda sobrepõe‑se à atitude e cria obrigação independentemente da entrega.
- Culturamente, nem todos interpretam timidez ou modéstia como relutância; o efeito sobre a obrigação pode variar.
- Há casos em que quem dá de forma reservada prefere manter discrição e não pretende criar obrigação, o que também é legítimo.
Equivalentes
- English
He who gives a lot reluctantly creates little obligation. - Spanish
Quien da mucho, de mala gana, obliga poco. - French
Qui donne beaucoup à contrecœur n'engage guère de reconnaissance.