Quem engana o peixe não é o pescador nem a vara, mas a minhoca.

Proverbios Judaicos - Quem engana o peixe não é  ... Quem engana o peixe não é o pescador nem a vara, mas a minhoca.
Proverbios Judaicos

A causa do sucesso ou do engano está na isca — na tentação ou meio utilizado — e não apenas na pessoa ou na ferramenta.

Versão neutra

O que faz o peixe morder não é o pescador nem a vara, mas a isca.

Faqs

  • O provérbio significa que a pessoa não tem culpa?
    Não necessariamente. Indica que o fator determinante foi a tentação ou meio (a 'minhoca'), mas não isenta a pessoa que a utilizou de responsabilidade ética ou legal.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer enfatizar que um resultado aconteceu por causa de algo atraente ou tentador e não só por falha na competência da pessoa ou na qualidade da ferramenta.
  • Há risco de usá‑lo para justificar más práticas?
    Sim. Deve‑se evitar empregá‑lo como desculpa para manipulação ou engano deliberado; o provérbio descreve uma causa, não autoriza comportamentos antiéticos.

Notas de uso

  • Usa‑se para sublinhar que o fator decisivo numa situação costuma ser aquilo que atrai ou tenta, não apenas quem age ou o instrumento usado.
  • Não deve ser usado para justificar moralmente ações erradas: identifica a causa do resultado, mas não isenta a responsabilidade de quem colocou a isca.
  • Aplicável em contextos de negociação, publicidade, relações pessoais e situações em que um estímulo externo leva alguém a agir.
  • Tom irónico ou crítico: pode funcionar para apontar que culpar só o executor ignora a tentação ou circunstância facilitadora.

Exemplos

  • Na campanha publicitária, muitos culparam a agência, mas quem enganou os consumidores foi a oferta irresistível — quem engana o peixe não é o pescador nem a vara, mas a minhoca.
  • Quando o aluno foi apanhado a colar, é fácil dizer que foi a cópia ou a oportunidade; porém, como diz o provérbio, muitas vezes a minhoca é que provoca o erro.

Variações Sinónimos

  • Quem engana o peixe não é o pescador, é a isca.
  • Não é a cana que pesca o peixe, é a minhoca.
  • A isca é que prende o peixe, não o pescador nem a vara.

Relacionados

  • A isca é que prende o peixe.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades. (sobre causa e consequência)
  • Não se pode culpar a faca por ferir, quando alguém a usa para magoar. (sobre responsabilidade de uso)

Contrapontos

  • O provérbio pode ser interpretado como uma forma de minimizar a responsabilidade humana, o que não é adequado quando há intenção consciente.
  • Em alguns casos o agente (pescador) planeou e colocou a isca — a distinção entre isca e agente pode ser artificial.
  • Usá‑lo para justificar práticas enganosas (publicidade enganosa, manipulação) é eticamente problemático.

Equivalentes

  • English
    It's not the fisherman or the rod that fools the fish, but the bait.
  • Spanish
    El que engaña al pez no es el pescador ni la caña, sino el gusano.
  • French
    Ce n'est pas le pêcheur ni la canne qui trompent le poisson, mais l'appât.
  • Italian
    Non è il pescatore né la canna a ingannare il pesce, ma l'esca.