Quem faz procurador, faz senhor.

Quem faz procurador, faz senhor.
 ... Quem faz procurador, faz senhor.

Ao nomear alguém como procurador (ou mandatário) concede‑se autoridade real sobre assuntos do nomeante; delegar poderes pode equivaler a perder controlo.

Versão neutra

Ao nomear um procurador está‑se a conferir autoridade e responsabilidade; por isso, defina limites claros quando delegar.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que, ao conferir poderes formais a outra pessoa (por exemplo através de uma procuração), se está automaticamente a dar‑lhe autoridade e controlo sobre assuntos do nomeante, pelo que é preciso cautela.
  • É um aviso apenas para assuntos legais?
    Não — aplica‑se também de forma figurada a situações de trabalho e vida privada onde se delegam funções e poder de decisão.
  • Como evitar os riscos apontados pelo provérbio?
    Defina limites claros por escrito, especifique poderes e duração, mantenha supervisão regular e escolha alguém de confiança ou com mandato limitado.
  • O termo “senhor” é problemático do ponto de vista sensível?
    No provérbio, “senhor” é usado no sentido de detentor de autoridade; não pretende transmitir conotações de desigualdade social ou de género, mas convém explicar o contexto em linguagem contemporânea.

Notas de uso

  • Usado tanto em contexto jurídico (procurações) como figurado (delegação de tarefas ou poderes).
  • Tem tom cautelar: avisa para os riscos de conferir poderes sem limites.
  • Registo: comum e proverbial; adequado para conselhos práticos e advertências.
  • Na prática, remete para a necessidade de definir limites, instruções e duração da procuração.

Exemplos

  • Ao assinar a procuração para tratar dos negócios da família, lembrei‑me do provérbio: quem faz procurador, faz senhor — por isso limitei os poderes.
  • Quando o diretor delegou todas as decisões no adjunto sem supervisão, confirmou‑se o ditado: quem faz procurador, faz senhor.

Variações Sinónimos

  • Quem dá procuração, dá poder.
  • Quem nomeia procurador, nomeia senhor.
  • Dá‑lhes poderes e serão senhores.

Relacionados

  • Delegar é confiar (expressão comum)
  • Dar poderes implica responsabilidade (expressão de gestão)

Contrapontos

  • Delegar bem estruturado e com limites é necessário e eficiente; não é sempre negativo.
  • Existem mecanismos legais (procurações por escrito, com cláusulas limitadas, mandato por tempo determinado) que impedem o procurador de agir sem restrições.
  • A confiança e a supervisão atenuam o risco de perda de controlo.

Equivalentes

  • inglês
    He who makes an attorney makes a master.
  • espanhol
    Quien hace apoderado, hace señor.
  • francês
    Qui fait mandataire fait maître.
  • alemão
    Wer einen Bevollmächtigten ernennt, macht ihn zum Herrn.