A expressão alerta que quem tenta fazer tudo ao mesmo tempo ou assumir demasiadas tarefas acaba por não completar bem nada; a dispersão reduz a eficácia.
Versão neutra
Quem tenta fazer tudo ao mesmo tempo não consegue concluir bem as tarefas mais importantes.
Faqs
O que significa 'fuso' neste provérbio? 'Fuso' é o instrumento usado para fiar; encher o fuso exige continuidade e concentração, daí a metáfora sobre não dispersar esforços.
Este provérbio é uma crítica ou um conselho? Geralmente funciona como um conselho/aviso prático sobre priorização e delegação, embora possa ser usado de forma crítica dependendo do tom.
Quando devo usar este provérbio? Use-o ao aconselhar alguém sobre excesso de tarefas, em reuniões de equipa para promover delegação, ou em contexto educativo para ensinar gestão de tempo.
Tem equivalentes noutras línguas? Sim — por exemplo, em inglês 'Jack of all trades, master of none' e em espanhol 'El que mucho abarca, poco aprieta', com sentido muito semelhante.
Notas de uso
Registo: coloquial e proverbial; usado em conversas informais e em conselhos práticos.
Contexto: aplica-se a situações de trabalho, projetos pessoais, gestão familiar e artesanato; lembra a importância da priorização e da delegação.
Tom: nem sempre pejorativo — pode ser um aviso construtivo para reorganizar tarefas, não um insulto.
Origem da imagem: 'fuso' refere-se ao fuso de fiar; encher o fuso exige foco numa tarefa contínua, imagem usada metaforicamente.
Exemplos
O chefe queria que o Carlos tratasse do orçamento, da comunicação e do recrutamento — lembrei-lhe que quem faz tudo, não enche fuso e sugeri delegar responsabilidades.
Se tentares gerir sozinho todas as fases da obra, vais perder qualidade; quem faz tudo, não enche fuso, por isso forma uma equipa.
A Maria começou cinco cursos ao mesmo tempo e não acabou nenhum; é um exemplo prático de que quem faz tudo, não enche fuso.
Variações Sinónimos
Quem muito abarca, pouco aperta.
Quem tudo quer, tudo perde.
Quem quer abarcar tudo, nada segura.
Relacionados
Mais vale pouco e bem feito do que muito e mal feito.
Cada coisa a seu tempo.
Delegar não é fraqueza, é eficácia.
Contrapontos
Em certas áreas, alguma versatilidade é útil; saber muitas coisas pode ser vantagem se for possível integrar tarefas sem perda de qualidade.
Tarefas simples e repetitivas podem ser realizadas em paralelo sem grande perda de eficácia.
Ferramentas digitais permitem gerir múltiplas tarefas com melhor organização; o problema é a dispersão, não a diversidade de tarefas em si.