Quem se senta ao lado do fuso, é tolo ou não tem uso.
Critica quem se coloca em situações arriscadas, inúteis ou sem sentido — interpreta-se como falta de juízo ou utilidade.
Versão neutra
Quem se coloca junto de um perigo mostra falta de juízo ou utilidade.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa que a pessoa que se coloca em posição perigosa, inútil ou fora do seu lugar manifesta falta de juízo ou utilidade; é uma advertência contra atitudes imprudentes. - Quando se costuma usar?
Usa-se para censurar ou alertar alguém que se envolve em situações arriscadas, que interfere onde não deve ou que age sem pensar nas consequências. - Qual é a origem do termo 'fuso' neste provérbio?
O 'fuso' é o instrumento tradicional de fiar; metaforicamente refere-se a um objecto ou situação que exige cuidado. A origem exata do provérbio é incerta, mas situa-se no contexto rural/doméstico. - É ofensivo usar este provérbio com alguém?
Pode soar censurador ou insultuoso, dependendo do tom; recomenda-se usá‑lo com parcimónia, sobretudo em ambientes formais.
Notas de uso
- Provérbio de registo popular e coloquial, usado para censurar uma atitude considerada tola ou imprudente.
- Frequentemente aplicado em contextos onde alguém se envolve em assuntos perigosos, desnecessários ou onde não contribui.
- Pode ter tom admonitório; use com cuidado para não insultar indiscriminadamente.
- O 'fuso' refere-se ao instrumento de fiar (ou, por extensão, a qualquer objecto perigoso ou trabalho que exige cuidado).
Exemplos
- Quando ele decidiu mexer nas máquinas sem formação, a mãe murmurou: «Quem se senta ao lado do fuso, é tolo ou não tem uso.»
- Se vais andar a comentar tudo na reunião sem conhecer os factos, depois não te queixes — quem se senta ao lado do fuso, é tolo ou não tem uso.
Variações Sinónimos
- Quem se senta junto ao fuso, é tolo ou não tem uso.
- Quem se mete ao lado do fuso é tolo.
- Quem se põe ao pé do fuso mostra mau juízo.
- Brincar com fogo dá em queimadura (sinónimo de advertência sobre risco).
- Quem se mete onde não é chamado, arrisca-se a sair mal.
Relacionados
- Brincar com fogo dá em queimadura
- Quem muito fala, muito erra
- Não há almoços grátis (atenção às ofertas vantajosas)
- Quem se mete em tudo, tudo perde
Contrapontos
- Tomar riscos calculados pode ser necessário para progredir; nem toda aproximação a algo desconhecido é tolice.
- A coragem e a curiosidade, quando bem informadas, permitem aprendizagem e inovação — oposto à mensagem conservadora do provérbio.
Equivalentes
- inglês
Fools rush in where angels fear to tread (aproximação imprudente a situações perigosas). - inglês
He who plays with fire will get burned (advertência contra comportamentos arriscados). - francês
Qui joue avec le feu finit par se brûler (equivalente aproximado).